Novos Baianos vão reviver tempos hippies em mini-turnê pelo Brasil
Em plena ditadura militar, uns cabeludos decidiram morar num sítio no Rio de Janeiro para jogar futebol, fazer festa e umas músicas que misturavam samba, choro e rock. Dessa união nasceu o grupo Novos Baianos e, com eles, o mítico álbum "Acabou Chorare", de 1972.
Quase 20 anos depois do último trabalho do grupo, em 1997, quando lançou "Infinito Circular", Moraes Moreira, Baby do Brasil, Pepeu Gomes, Paulinho Boca de Cantor, Luiz Galvão se reúnem para tocar os sucessos de "Acabou Chorare", como a faixa-título, "Brasil Pandeiro", "Preta Pretinha" e "Tinindo Trincando". Um júri formado em 2007 pela revista "Rolling Stone" apontou "Acabou Chorare" como o melhor disco já feito no Brasil.
O primeiro show dessa mini-turnê acontece nesta sexta (12), no Citibank Hall, em São Paulo, onde também se apresentam no dia 13. Depois irão para o Rio de Janeiro (2 e 3 de setembro), Belo Horizonte (10 de setembro).
Os integrantes haviam se reunido em maio deste ano, na reinauguração da Concha Acústica do Teatro Castro Alves, em Salvador. Foi Baby que assumiu a missão de reunir todos. "Foi tudo muito mágico. Vivemos momentos fantásticos naquele teatro e tínhamos a obrigação de retribuir toda essa energia", disse ela entrevista recente ao UOL.
Segundo eles, a sintonia dos anos em que dividiram o sítio no Rio foi retomada rapidamente. "É impressionante, mas em cinco minutos de convívio, me senti voltando aos anos 1970. É a mesma energia que percorre nossos corpos, as mesmas gargalhadas. É um reencontro verdadeiro, de amigos que se amam e que sentem prazer em tocar juntos", disse Moraes.
O grupo não descarta novidades, como músicas novas, na mini-turnê: "Tudo pode acontecer", responderam em coro.
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