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Luan Santana chega ao cinema rodeado por mulheres e dá upgrade no sertanejo

Do UOL, em São Paulo

08/11/2016 06h00

Luan Santana foi uma raposa ao capturar duas tendências em seu novo trabalho, o álbum ao vivo "1977". A primeira delas: o sertanejo está cada vez mais pop e sofisticado, distante da fonte baladeira dos universitários. A segunda: a ascendência do feminismo e das mulheres na música popular brasileira.

Neste contexto, o DVD, gravado de forma intimista no Polo Cinematográfico de Paulínia, interior de São Paulo, estreia nesta terça-feira (8) em 50 salas de cinema no Brasil. É parte de uma estratégia de divulgação tão ousada quanto a própria produção do show.

Em sua versão repaginada à la Tiago Iorc, Luan canta, em um cenário moderno e descolado, potenciais novos sucessos como "Dia, Lugar e Hora" e "Eu, Você, o Mar e Ela". 

Mas o carro-chefe são as seis cantoras/personalidades do mais alto patamar do pop nacional que aparecem para duetos. Entre as participações especiais, Ivete Sangalo (em "Estaca Zero"), Sandy ("Mesmo Sem Estar") e a sensação do sertanejo feminino de 2016, a goiana Marília Mendonça ("Fantasma").

Adepto de um estratégico feminismo discreto, que não discursa nem inclui letras sobre o tema, Luan faz no projeto o que chama de homenagem à figura feminina. O título, "1977", faz alusão ao ano em que o Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, foi criado pela ONU.

Quem é quem no novo DVD do "príncipe do sertanejo".

Imagem: Manuela Scarpa/Brazil News

"Estaca Zero" com Ivete Sangalo

Composta pelos gêmeos Breno e Caio Cesar, a faixa já havia sido registrada na gravação do DVD de Ivete “Acústico em Trancoso”, mas ficou fora da edição final. Não por acaso. A cantora embarca na “sofrência” em uma letra que fala de uma recaída após o término de um relacionamento. “Dividir palco e cenas com você [Ivete], na vida e na arte, é um privilégio. É sempre uma sensação de primeira vez, porque você não se repete”, divulgou Luan sobre o dueto.

Imagem: “Manuela Scarpa/Brazil News

“Mesmo Sem Estar" com Sandy

Composta por Jefferson Junior e Umberto Tavares, responsáveis por sucessos de Anitta e Ludmilla, a balada doce de arranjos orquestrais casa bem com o estilo  “low-profile” de Sandy, que, de certa forma, retorna ao universo sertanejo versando sobre a onipresença de um amor. “Sandy, singela como o nome, talentosa e musa. Do sonho de criança, de um fã, à realidade de um admirador.”

Imagem: Manuela Scarpa/Brazil News
"Fantasma" com Marília Mendonça

Marília Mendonça é conhecida também como compositora, mas aqui a música é de Matheus Aleixo, jovem de 21 anos autor de hits de Luan Santana e outros sertanejos. A toada vem cadenciada, com frase marcante de acordeão, o que remonta a clássicos do cancioneiro do país. Menos chororô e mais sertanejo "de raíz". “Compositora nata, canta verdades que atingem com a mesma força que o seu sucesso arrebatador”, diz o cantor sobre Marília.

Imagem: Manuela Scarpa/Brazil News

"RG" com Anitta

Teclados sintéticos anunciam uma balada tradicional ao violão, que acaba incrementada por uma batida pop. O mais próximo possível de um “popnejo”. A declaração de amor vai ao estilo “Every Breath You Take”, do The Police, com sua abordagem “stalker”. “E ainda se achar que não sei muito de você/ Eu posso até falar seu RG/ Com quantos elogios você vai ficar vermelha”, canta Luan. “Seu sorriso largo e verdadeiro é uma porta para o mundo, que te espera de braços aberto”, diz sobre a parceira.

Imagem: Reprodução

"Plano da Meia Noite" com Ana Carolina

Ana Carolina harmoniza com Luan Santana em uma música composta por ela, um diferencial para o álbum. O romantismo ganha ligeiros toques de latinidade e aura de “nova MPB”.  Versos como “É que eu já vou / Convidado ou intruso, mas eu vou / Pro seu beijo me enganar” casam perfeitamente com a pegada sentimental do sertanejo, que aqui rompe barreiras de estilo. “Sua voz é um poema, uma oração que acalenta”, afirma Luan sobre Ana Carolina.

Imagem: Manuela Scarpa/Brazil News

“Amor de Interior" com Camila Queiroz

Trazer a “nova namoradinha do Brasil”, a atriz Camila Queiroz, era uma aposta arriscada de Luan. "Tive que arrancar a voz de dentro dela", disse ele durante o anúncio do projeto. Mas o resultado surpreende. Ela é afinada, e o ar “caipira universitário” da faixa ganha a ambiência da personagem Mafalda, interpretada por Camila na recente novela "Êta Mundo Bom!". Nada de novo aqui, “Todas as exclamações positivas em ter a sua doçura, serenidade e talento neste DVD.”

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