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Matheus & Kauan repete fórmula pé na areia e quer fincar sertanejo no Rio

Mahtues & Kauan em gravação de "Na Praia 2" - Divulgação
Mahtues & Kauan em gravação de "Na Praia 2" Imagem: Divulgação

Rodolfo Vicentini

Do UOL, em São Paulo

17/03/2017 04h00

O reggae "O Nosso Santo Bateu" ainda está na boca do povo, mas Matheus & Kauan não param. A dupla lança nesta sexta-feira (17) o DVD "Na Praia 2", projeto que estreia o flerte entre o pop e o sertanejo. "O nosso som tem se aproximado de vários gêneros musicais", admite Matheus ao UOL.

O novo projeto repete a fórmula pé na areia do último trabalho. "'Na Praia' deu muito certo e fez total diferença na nossa carreira. E também porque a galera jovem gosta de estar na praia", diz Kauan.

Com mais de 1 bilhão de visualizações no canal do YouTube, Matheus & Kauan devem agradecer muito ao calor e ao sol. O clima de curtição segue em "Na Praia 2", principalmente com as baladas "Te Assumi Pro Brasil" e "A Nossa Praia", a estreia da dupla no popnejo.

"A gente é fã de vários artistas que são do Rio de Janeiro, por exemplo, principalmente daquele funk melody carioca antigo. 'Na Praia 2' a gente já foi com outra cabeça, de levar para um lado mais pop e eletrônico sem deixar o sertanejo de lado. A gente segue fazendo nosso próprio som e o que realmente acredita", analisa Matheus.

"Te Assumi Pro Brasil" do Oiapoque ao Chuí

Rodando o país, seguindo a lotada agenda e gravando um álbum a cada ano ajudaram o duo a ganhar experiência e melhorar como músicos. "'O Nosso Santo Bateu' era para ser uma música romântica e decidimos mudar no dia que gravamos o DVD", continua Matheus.

O irmão complementa: "A gente sempre tem as ideias antes do que vai fazer, até do DVD para o show a gente muda muita coisa. Mas é um tempo bem curto que a gente tem, porque com a quantidade de shows não dá para ficar 20 dias no estúdio".

É natural que o sucesso traga pressão e a necessidade de acertar em cada música. Ambos são compositores, principalmente Matheus, que antes da fama com "Que Sorte a Nossa", em 2015, já tinha 300 músicas registradas no Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição). "O mercado é muito rápido, a gente sente pressão e cobram muito. Sempre tem que está com um passo a frente", diz Kauan.

"É a evolução natural, a gente vai ficando mais chato na hora de escolher músicas, antes não tinham tantos compositores mandando música e agora têm várias que chegam. Então tem que ficar seletivo, senão acaba gravando qualquer coisa. Prefiro sentar com alguns compositores e criar alguma coisa que seja mais a cara da dupla do que receber músicas prontas. Por isso que estamos sempre inovando", fala Matheus

Qual a próxima praia?

A Cidade Maravilhosa foi a escolhida para receber as gravações de "Na Praia 2" e é uma forma de fincar o sertanejo no estado. "Nós ajudamos a quebrar um pouco essa barreira que existia com o sertanejo no Rio de Janeiro. Fizemos alguns shows e a galera cantou todas as músicas, então quisemos gravar o novo trabalho lá", revela Kauan.

A dupla acaba de lançar a nova mina de ouro, mas já pensa no futuro. Vem outra praia por aí? "A vontade é que o próximo DVD seja algo bem grande, para mostrar a força do público. Tudo o que fizemos foi para as pessoas que estão assistindo se sentirem mais próximas. Mas temos a ideia de gravar em um estádio", termina Matheus.