Com mamilos cobertos e sem álcool e maconha, Miley Cyrus inaugura nova fase
A cantora Miley Cyrus achou uma fórmula para se reiventar mais uma vez. Depois de romper completamente com a fase Hannah Montana para virar uma figura rebelde que se apresentava seminua, a cantora agora parece ter se reencontrado com as próprias raízes. O country surge como uma das inspirações para o novo disco e o novo visual apresentados na capa da edição de maio da revista Billboard.
Nascida em Nashville, cidade berço do country dos Estados Unidos, e filha de Billy Ray Cyrus, um dos cantores mais conhecidos do gênero, Miley aproveitou sua reaproximação com o ritmo durante seu trabalho como técnica no "The Voice" e o detox de mídia que tem vivido desde então para se trancar no alto das colinas de Malibu onde se dedica ao seu novo disco.
Miley recebeu a revista na "Terra do Arco-Íris", como apelidou a casa estúdio de varanda colorida em que está radicada com sete cachorros, dois porcos, dois mini cavalos e o noivo Liam Hemsworth. É lá que ela escreveu e compôs a maioria das músicas (ela já tem dez) do novo disco, "Malibu". A faixa título surgiu durante uma corrida de Uber da casa dela aos estúdios onde gravava o "The Voice", em Los Angeles.
Foi no reality musical que ela teve a chance de se aproximar de Blake Shelton, nome forte do country atual dos Estados Unidos, e ao mesmo tempo expor suas raízes para aqueles que não a conheciam tão bem. "Eu quis aproveitar o fato de Blake estar lá porque os fãs dele realmente não me levam a sério como uma artista country", explica Miley.
Ela admite que nunca entregou ao público a real música country, mas faz questão de destacar suas raízes. "Eu tenho tatuado um autógrafo do Johnny Cash que ele me deu quando eu era uma garotinha e que diz: 'Eu estou no seu filão'. Doly Parton é a minha madrinha. Me machuca saber que eu assusto os fãs de música country", lamenta.
"Toda aquela porcaria de mamilos que ficou no passado foi algo que eu fiz porque fazia parte das minhas crenças políticas, e foi isso que me trouxe até aqui hoje. Eu estou evoluindo e estou cercada de pessoas inteligentes que são evoluídas." Um dos objetivos da cantora com o novo álbum é justamente unir as pessoas no momento político tenso que o país dela passa principalmente depois da eleição de Donald Trump.
Disco novo
Para o novo disco, Miley escreveu uma música para Hillary Clinton, que ela apoiou nas eleições presidenciais, e também fez uma música para as mulheres trabalhadoras, mas em geral, "Malibu" deve soar mais pessoal do que político. "Essa é a Miley mais perto de suas raízes do que eu jamais vi", admite o pai, Billy Ray Cyrus, sobre o novo trabalho da filha de 24 anos.
A própria cantora diz não estar preocupada se as músicas vão tocar muito na rádio, como aconteceu com seu último hit "Wrecking Ball", que ela admite nem ouvir mais, e dá uma dica sobre o novo conteúdo de suas letras.
"Eu amo aquela música nova do Kendrick Lamar que diz 'Mostre-me algo natural como um bumbum com algumas estrias' em vez de 'venha sentar no meu p*, me chupe'... Eu não consigo mais ouvir isso, até por isso me afastei um pouco da cena hip hop. Eu não sou assim."
O romance também deve estar presente nas novas músicas, já que ela reatou o noivado com o ator Liam Hemsworth no ano passado, depois de mais de dois anos separados. "Namorar com um músico como eu é provavelmente a pior coisa, porque você sempre acaba ganhando uma canção. É inevitável", conta.
A reconciliação com o noivo coincidiu com a nova fase profissional e pessoal de Miley. "Eu odeio quando as pessoas não conseguem mudar. Eu costumava ser resistente à mudanças. Mas eu não fumo maconha há três semanas, e isso já é um recorde. Não estou usando drogas, não estou bebendo. Estou completamente limpa. Isso é algo que eu apenas quis fazer."
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