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"Eu achava que Louis Armstrong me imitava", diz Elza Soares em entrevista

Elza Soares canta no programa "Conversa com Bial" - Divulgação/Globo
Elza Soares canta no programa "Conversa com Bial" Imagem: Divulgação/Globo

Do UOL, em São Paulo

06/06/2017 08h59

A cantora Elza Soares foi a convidada desta segunda-feira (5) do "Conversa com Bial". Na entrevista, ela falou sobre seu novo trabalho e também sobre violência doméstica. Elza lembrou ainda sobre seu relacionamento com o jogador Mané Garrincha e afirmou se sentir como uma avê fênix.

"Todo dia é um renascer. A luta não é brincadeira não. Sou feliz", disse. "Eu viajo para o paraíso quando penso nele [Garrincha]. Sonho com ele até hoje. O Brasil (seleção) morreu com ele. Agora, todo mundo só fala em dólar, ele nem sabia o que era isso na época".

Elza contou que começou a fazer o scat (uma técnica vocal gutural criada por Louis Armstrong e popularizada por Ella Fitzgerald) sem saber. "Eu botava uma lata de água na cabeça e gemia. Eu pensei, esse barulho vai dar um som maravilhoso".

"Eu achava que ele [Louis Armstrong] me imitava. Eu não conhecia ele", disse a cantora sobre o encontro que teve com o músico na década de 60. "Eu substitui Ella Fitzgeral na Itália. Ela tinha um show em que cantava Tom Jobim e eu morava por lá com o Mané Garrincha. Foi o Naná Vasconcelos que disse que eu poderia substituí-la".

A cantora afirmou que só continua cantando porque "Sem essa medicina eu não estaria viva mais. Cantar, para mim, é um remédio bom", disse. "Falta muito para nós, mas estamos subindo degrau por degrau. A mulher sofre muito, a negra ainda mais por causa da raça". 

Entre os projetos futuros, Elza revelou que o jornalista Zeca Camargo está escrevendo a sua biografia. "Zeca, we love you", brincou.