9 discos de 2017 lançados por mulheres brasileiras que você precisa ouvir
Inspirado por tantos sons novos feito por mulheres, o UOL listou 9 novos discos de brasileiras que acabaram de sair do forno e que você não pode ficar sem ouvir. Da novata Marília Mendonça, de 22 anos, a sambista Alcione, de 69, essas mulheres se muniram de uma grande voz, letras sinceras e personalidades irresistíveis para dar à luz discos incríveis.
Marília Mendonça, "Realidade"
Um dos discos mais vendidos de 2017 até agora, “Realidade” é o segundo trabalho ao vivo dessa cantora de apenas 22 anos que já foi chamada de “Adele do sertanejo” e “rainha da sofrência”. Não importa a etiqueta: mesmo com a pouca idade e o formato de gravação, Marília derrama emoção e uma voz poderosa em novas canções que repaginaram o sertanejo, como “Eu Sei de Cor”, “Amante Não Tem Lar” e “Traição Não Tem Perdão”.
Luiza Lian, "Oyá Tempo"
O trabalho dessa paulistana de 26 anos é para ser saboreado aos poucos. Seu segundo disco, “Oyá Tempo”, é todo deitado em uma cama eletrônica, sensual e sombria. O trabalho ganha outra dimensão com um média-metragem que acompanha o álbum. Focado na figura da divindade feminina africana, Oyá, o disco faz dançar e viajar com “Tem Luz” e “Tucum”.
Mallu Magalhães, “Vem”
Pena que as falas polêmicas de Mallu sobre racismo tenha tirado o foco de seu melhor trabalho. Com arranjos exuberantes, a paulistana de 24 anos evoluiu como letrista e cantora e habita suas novas crias na fauna e na flora dos anos 1960. “Vem” vai do balanço do samba rock (“Você Não Presta”) ao R&B de Roberto e Erasmo (“Será que um Dia”) com naturalidade e uma produção impecável.
Simone Mazzer, "Simone Mazzer & Cotonete"
Atriz e cantora paranaense, Simone também se viu em uma polêmica antes mesmo do segundo disco sair. Tudo porque a capa mostra a dançarina burlesca Isabel Chavarri pulando feliz e nua, com os seios à mostra. A ilustração colorida, no entanto, é o melhor cartão de visita que o disco poderia ter. Com a banda Cotonete, ela também se joga no clima de festa com a interpretação de “Se Você Pensa”, de Roberto e Erasmo, e mostra extensão vocal invejável em "Bachelorette", de Björk.
Luana Carvalho, "Branco" e "Sul"
Luana conta que lista as músicas que gostaria de gravar desde quando tinha 25 anos. Filha da cantora Beth Carvalho, ela se enveredou pela atuação, fez “Malahção” e só agora, aos 36, estreia com um disco – ou melhor, dois. “Branco” e “Sul” passeiam no samba e a MPB de forma intimista, e reúne composições próprias (“Pau-Brasil”) e de amigos, como Pedro Luís (“Luz do Âmbar”) e Caetano Veloso com Dona Ivone Lara (“Força da Imaginação”).
Letrux, "Letrux em Noite de Climão"
Nos anos 2000, Letícia Novaes fez barulho no underground carioca com a excelente banda Letuce, mantida com o namorado, o guitarrista Lucas Vasconcellos. O relacionamento acabou e a banda foi para o saco logo em seguida, deixando uma compositora fértil e irônica envolta na fossa pós-separação. Em seu primeiro disco solo, ela coloca sua intimidade na pista de dança e filosofa sobre a arte de meter o pé na jaca (“Que Estrago!”) e o o “climão” quando se fala do ex (“Ninguém Perguntou Por Você”)
Alcione, "Alcione - Boleros"
Admiradores da Marrom ficaram aflitos no final de 2016 quando a sambista passou uma angioplastia de emergência. Passado o susto, a cantora deu mais ouvido ao coração e lançou o CD e DVD ao vivo “Alcione – Boleros”. O vozeirão cai com uma luva em um repertório perfeito para curtir a dor de cotovelo com classe e dançar sozinho na sala, como em “Paixão de Dartagnan” (Altay Veloso), em dueto com Alexandre Pires.
Plutão Já Foi Planeta, "A Última Palavra Feche a Porta"
A banda potiguar foi projetada em escala nacional em 2016 na terceira edição do reality musical Superstar e poderia ter ficado pelo caminho após o programa. Mas o novo disco, “A última palavra feche a porta”, é uma grata surpresa. Com a interpretação de Natália Noronha e o baixo de Vitória de Santi, a banda mira no pop, sem largar o folk fofo nos moldes de Belle and Sebastian, como em “Alto mar” e “Anna”.
Maria Alcina, "Espírito de Tudo"
A voz de trovão de Maria Alcina é histórica. A cantora transformou a ufanista “Fio Maravilha”, de Jorge Ben, em um hino de liberdade em 1972, em plena Ditadura Militar. Até hoje, aos 68 anos, a cantora guarda um fôlego invejável. Com a mesma performance festeira no palco e o tom de deboche, a cantora agora faz releituras de músicas de Caetano Veloso, e acerta nas roupagens modernas em “Gênesis” e “Fora da Ordem”.
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