Ex-Trem da Alegria faz 40 anos de carreira e relembra baque ao deixar grupo
Luciano Nassyn, 44, que alcançou fama na década de 1980 com o Trem da Alegria, comemora 40 anos de carreira. O cantor, que já trabalhava com publicidade e música desde os 4 anos, entrou no grupo aos 12 e passava mais tempo ao lado de Patrícia Marx, Juninho Bill, Vanessa e Amanda - que substituiu Patrícia - do que com a família. Amigos inseparáveis na época, Luciano relembra dos shows, das brigas com os integrantes e dos ciúmes que eles sentiam entre si.
“Tínhamos umas brigas homéricas, discutíamos muito, mas era legal, nos tornamos uma família. Até hoje a Patrícia é uma irmã. Eu e o Juninho tivemos divergências profissionais, nos afastamos, mas depois voltamos a nos falar, é uma pessoa que adoro. Com a Vanessa e Amanda falo pouco, mas nunca perdemos contato”, afirma Luciano em entrevista ao UOL.
Ele conta que o grupo fazia mais de 20 shows por mês e que estudavam em aviões, ônibus e hotéis. Tanta convivência gerava ciúmes entre os integrantes, mas nada que abalasse a amizade. “Tínhamos muito ciúmes entre a gente. Se o Juninho ficava conversando com outros meninos, eu ficava muito bravo”, diz.
Segundo Luciano, os pais deles é que se desentendiam entre si por vaidade. “Às vezes o que estraga o ser humano é o ego inflado. Com a gente não existia isso. Nossos pais se davam bem, mas era complicado por causa desse problema de um querer que o outro aparecesse mais”, relembra.
O ex-astro mirim entrou para o Trem da Alegria depois de participar de um festival de música no SBT e foi lá que ele conheceu Juninho Bill, que cantou uma música de Luciano chamada “Incrível Hulk”. Depois, Luciano e Patrícia Marx participaram do programa “Clube da Criança”, da extinta TV Manchete, com Xuxa e o palhaço Carequinha. Com o sucesso da atração, surgiu o Trem da Alegria.
Luciano deixou o grupo, que lotava estádios de futebol, em 1989, aos 15 anos, e lançou carreira solo. A decisão não foi dele, mas da gravadora. O músico conta que foi bem difícil deixar o Trem da Alegria, mas que aprendeu a lidar com o afastamento.
“Eu já estava ‘velho’ para o grupo, era o mais alto da turma. Não estar mais com os meus amigos me deu um baque, não foi fácil. Eles queriam que eu fizesse dupla com a Vanessa, mas eu queria cantar rock. Três anos depois lancei meu disco solo, foi legal, mas não teve tanta divulgação. E foi bem na época em que o sertanejo estourou no Brasil, então o disco passou batido”, lamenta.
O cantor ressalta que não se arrepende de nada que viveu. “Tudo era bom. Hoje tenho mais 500 músicas compostas que estou enviando para artistas. Estou produzindo videoclipes e novas músicas e vou lançar em breve”, adianta ele, que realizou recentemente um show em homenagem aos seus 40 anos de carreira com repertório nostálgico.
Consultas como terapeuta holístico
Além de trabalhar com música, Luciano Nassyn passou a se dedicar profissionalmente à terapia holística e vibracional e oferece consultas espirituais pela internet e pessoalmente. Ele afirma que tem uma espiritualidade aflorada desde pequeno e que recentemente resolveu exercer de forma mais objetiva sua mediunidade.
“Teve uma época que olhava para as pessoas e não sabia se estavam vivas ou mortas. Comecei a sentir a espiritualidade mito forte. Passei por várias religiões e fui buscando terapia alternativas”, explica o ex-astro mirim, que mantém um canal no Youtube sobre a terapia.
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