Entre fotos e poesias, 10 coisas imperdíveis na exposição de Renato Russo
O líder da Legião Urbana nunca teve sua intimidade tão saliente quanto na exposição "Renato Russo", em cartaz a partir desta quarta-feira (06) no Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo, com mais de mil objetos pessoais do cantor -- o maior evento da história do museu. De desenhos feitos na infância a inúmeras poesias e composições clássicas do Aborto Elétrico e da Legião, a mostra é um prato cheio para os fãs de um dos compositores mais importantes da história do rock nacional. O UOL selecionou alguns detalhes (muito) curiosos de "Renato Russo", uma homenagem à vida e ao legado do músico.
Renato Russo bagunceiro
Quando ainda era conhecido por Renato Manfredini Júnior, o futuro cantor já demonstrava criatividade em seus trabalhos escolares. Mas as excelentes notas no boletim da segunda série não excluíam a possibilidade de bagunçar um pouco. Em uma das peças mais curiosas da exposição, Renato foi obrigado pela professora a escrever a frase "não devo rasgar o caderno do colega" dezenas de vezes em uma folha inteira de caderno, provavelmente após uma rixa com alguma criança de sua classe.
Com um currículo desse...
Caso você esteja procurando emprego, saiba que, mesmo depois de todo o sucesso da Legião Urbana, o compositor ainda tinha seu currículo em 1989. O detalhe precioso é de fazer inveja para qualquer um, já que ele deixa bem claro que é contratado pela gravadora EMI e é líder da banda, que até no final dos anos 80 já tinha lançado "Legião Urbana", "Dois", "Que País É Este" e "As Quatro Estações".
"Tempo Perdido" 360 graus
Com um óculos de realidade virtual, é possível ver um "clipe" do hit "Tempo Perdido". Diversas pessoas interpretam a música e você adentra em cada ambiente, literalmente em 360 graus. Em dado momento, o clipe coloca o público sobre uma ponta em São Paulo, com o rio aos seus pés e os carros passando ao lado.
Quarto de Renato
Simplicidade é o que define Renato como pessoa. Como salientou o ex-diretor do MIS e curador, André Sturm, a exposição segue a linha clássica que o compositor adotou em vida. Um exemplo é o seu quarto, um ambiente sem luxo algum, com apenas uma cama, alguns quadros e cômodas. Sturm também disse que os organizadores mantiveram exatamente o que observaram quando o filho de Renato, Giuliano Manfredini, abriu as portas do apartamento do pai para selecionar peças para a exposição.
Cartas dos fãs
As escadas que levam ao segundo andar do MIS estão recheadas com milhares de cartas que Renato recebia dos fãs e guardava com carinho. Agradecimentos, beijos, relatos pessoais, fotos, pôsteres e tudo o que você imaginar estão lá. O trecho é um dos mais emotivos da exposição, principalmente pela forma como a organização exibiu os pedidos do público, dando a impressão de estar submerso no carinho dos seguidores.
Menudo de influência
Uma das partes mais legais da exposição sobre Renato Russo é a sala das influências, onde estão discos de rock, punk, pós-punk e new wave que ele adorava, mas também livros, filmes e revistas. E sabe o que tinha lá? Não um, mas dois discos da boy band latina Menudo, formada no final dos anos 70. O cantor já tinha mostrado que admirava o grupo quando fez uma versão em português para "Hoy Me Voy Para México", que no "Acústico MTV" virou "Hoje a Noite Não Tem Luar". A sala é toda espelhada, como um grande cubo em que os objetos acabam se multiplicando.
Diário sobre sua saúde
Renato gostava de registrar tudo o que acontecia na sua vida. São cadernos e mais cadernos com composições, reflexões sobre álbuns com a Legião, desenhos e interpretações pessoais. Na década de 90, alguns anos antes de morrer em decorrência do HIV positivo, uma anotação chama a atenção. O vocalista afirma, em inglês, "isso é sério, talvez eu esteja morrendo, seriamente doente. Não posso encarar isso, estou assustado".
Tarôs e mapa astral
O cantor era fascinado por esoterismo e o tema ganhou destaque na mostra "Renato Russo". Centenas de cartas de tarô (muito detalhadas por sinal) que o músico colecionava, estudos sobre mapa astral e horóscopo faziam parte de seu cotidiano.
"E agora, Legião?"
A exibição acerta em resgatar programas de televisão, músicas e notícias sobre a banda. Uma delas é um curioso show nos anos 80 que nada deu certo, o público ficou na bronca e diversos veículos notificaram o caso como uma "tragédia". Todo o material usado estava no apartamento de Renato e o vocalista guardou as notícias que saíram no dia seguinte para posteridade.
Eduardo e Mônica
Uma das músicas mais idolatradas de Renato, "Eduardo e Mônica" foi lançada no álbum solo "O Trovador Solitário" e depois virou hino ao integrar o trabalho "Dois", de 1986. O esboço acima foi feito em 1977 com os personagens principais da obra.
Serviço:
Exposição "Renato Russo" no MIS
Data: 6 de Setembro de 2017 a 28 de Janeiro de 2018
Horário: 10h às 21h (terça a sábado); e 9h às 19h (domingos e feriados). A bilheteria abre 30 minutos antes da visitação.
Local: Museu da Imagem e do Som – MIS (Avenida Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo)
Ingressos antecipados:
Pré-estreia
Data: 6 de setembro
Horário: 10h às 21h
Valores: R$ 80,00 (inteira) e R$ 40,00 (meia-entrada e visitantes que trouxerem um livro de ficção em bom estado, campanha Leia um livro).
Pelo site: www.ingressorapido.com.br/renatorussonomis
Todos os visitantes que comparecerem à pré-estreia ganham um pôster exclusivo da exposição.
Primeiras semanas pelo site www.ingressorapido.com.br/renatorussonomis
Valores R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia-entrada)
Ingressos na bilheteria 07.09 (quinta-feira; feriado) e 10.09 (Domingo) R$ 12 (inteira) e R$ 6 (meia), na bilheteria do MIS.
Terças-feiras entrada gratuitas. Crianças até 5 anos não pagam
Mais informações: (11) 2117 4777 | www.mis-sp.org.br
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