Músico pelado e chuva de garrafas: As histórias inusitadas do Rock in Rio
Com mais de 30 anos de história, sobra histórias curiosas e bafões nos bastidores, palcos e transmissão do Rock in Rio. Teve quem se apresentou pelado e acabou detido, quem levou chuva de garrafa de água na cabeça (e até de calcinha) e até a explicação do que é ser um metaleiro em horário nobre.
Chuva de Calcinha
As histórias nos bastidores são as mais saborosas e impublicáveis. Na primeira edição, o guitarrista do Scorpions, Rudolph Schenker, foi alçado ao posto de “gato do festival”. O apresentador Amin Khader, na época produtor do backstage na época, foi categórico: “Todas queriam dar para ele”. No camarim do guitarrista, o clima era de festinha particular, com chuva de calcinhas. A festa era tanta que o músico entrou no palco animado demais e bateu com a cabeça em algum lugar. Deixou o Brasil com calcinhas na mala e pontos no supercílio.
Chuva de garrafas
“Tá com sede?” Foi só Carlinhos Brown cantar “Água Mineral” para o público majoritariamente formado por metaleiros jogar o maior número de latinhas, garrafas e copinhos descartáveis em direção ao músico. Brown, na época, havia emplacado o sucesso “A Namorada” nas rádios, mas sua escalação no dia mais pesado do festival, em 2001, se mostrou um dos maiores equívocos da história do evento -- e uma das cenas mais agonizantes do festival. É de se espantar a quantidade de água que os headbangers tomam, não é mesmo?
“Vão todos tomar no c*, exceto quem não está tomando no c*”
Em 1991, mais uma vez os metaleiros foram impiedosos. Dessa vez, o alvo foi o polêmico Lobão, que chegou a abandonar o show após tocar por seis minutos, logo após suceder Sepultura no palco. Entre xingamentos e vaias, um objeto quase acertou o músico que reagiu indignado: “vocês vão todos vão tomar no cu, exceto quem não tá tomando no cu”. O que a organização fez? Chamou a bateria da Mangueira, previsto para encerrar a apresentação de Lobão.
Pelado e preso
O Queens of the Stone Age era um dos nomes mais quentes do rock quando pisou no Brasil pela primeira vez em 2001. Logo de cara, a surpresa: O baixista Nick Oliveri sobe ao palco sem roupa nenhuma. O Multishow, que já transmitia o festival na época, não conseguiu evitar e mostrou o pênis do músico por alguns segundos. Depois da apresentação, o baixista foi levado pelo juizado de menores.
C**** voador
Em 2015, um “stage dive” mal calculado quase rendeu um acidente mais sério durante o show do Faith no More. O vocalista Mike Patton quis saltar da passarela para cair sobre os fãs, mas calculou mal e aterrissou diretamente na grade que separa o público. Um fã que estava próximo chegou a gritar: “Morreu!”. Patton votou ao palco cambaleando, mas teve quem lembrasse de uma música da banda, com título em português: "Caralho Voador".
“Quem são vocês?”
A vinda do Queen marcou a história do festival para sempre, mas tem quem se lembre mais do ataque de estrelismo de Freddie Mercury do que na apresentação memorável de “Love of My Life”. Foi só pisar na Cidade do Rock para o cantor pedir esvaziar os corredores que davam acesso aos camarins. “Quem são essas pessoas que estão aí? Você tem cinco minutos para tirar todos de lá”, pediu a Amin Khader. Os artistas nacionais que estavam ali para ver de perto o ídolo atenderam o pedido, sem deixar de xingá-lo. Freddie havia entendido o recado e quebrou todo o camarim como resposta ao desaforo.
Sem animais no palco, por favor
Uma das maiores atrações da primeira edição, Ozzy Osbourne desembarcou no Brasil em meio ao polêmico episódio no qual ele teria mordido a cabeça de um morcego vivo no palco. Verdade ou não, os organizadores não quiseram arriscar e colocaram no contrato uma cláusula que proibia Ozzy de interagir com qualquer animal no palco. Ainda assim, uma galinha apareceu durante sua apresentação.
Globo explica o metal
Recebido como se fosse aberrações, os metaleiros tomaram grande parte da programação especial que a Tv Globo preparou para a transmissão do primeiro Rock in Rio em 1985. A repórter Maria Cristina Poli traçou um perfil: “Eles adoram de curtir o macabro e de cultivar o sonho de ser o pior possível. Quanto mais feio melhor. Quanto pior, mais bem cotado nesse universo de horrores”. Já Ilze Scamparini, em uma fase pré-Vaticano, ouviu de um dos roqueiros em 1991 que "Lúcifer traz energia”.
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