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Emicida diz que Rock in Rio perdeu a oportunidade de escalar Anitta

Felipe Branco Cruz e Alexandre Matias

Do UOL, no Rio de Janeiro

16/09/2017 19h24

Emicida, um dos mais respeitados rappers da atualidade, antes de subir ao palco do Rock in Rio neste sábado (16) ao lado do parceiro Miguel, prometeu cantar letras que versam contra o preconceito e a luta pela igualdade. "Ser preto e existir já é revolucionário. Sorrir é revolucionário", disse o brasileiro ao UOL no backstage do Palco Sunset.

No Rock in Rio, o sertanejo e o funk nunca foram representados. Para o rapper, a sua participação, a de Miguel e a de Rael, que cantou com Elza Soares, são importantes porque estabelecem uma conexão contemporânea. "Fico muito feliz de participar disso. Tem muita merda acontecendo no Brasil".

Emicida aproveitou e fez coro aos fãs de Anitta que pediram por sua participação no Rock in Rio, após o cancelamento de Lady Gaga. "Gostaria muito que ela tivesse arrebentado ontem", afirmou. "Teria sido revolucionário. Ela é importante para a nossa geração. Que credencial ela precisa?".

O rapper lembrou que ele só passou a ser convidado para festivais depois de tocar no Coachella, nos Estados Unidos. "A banda Cansei de Ser Sexy foi outra que precisou ser reconhecida lá fora primeiro", lembrou. "Temos esse complexo de vira-latas. Precisamos aprender a lidar com isso. São vários gêneros que o Brasil poderia aplaudir. Eu torço, trabalho e tenho fé pela mudança".