Proposta de criminalizar funk é rejeitada em comissão do Senado
A Comissão de Direitos Humanos do Senado aprovou o relatório do senador Romário, do Partido Podemos, que pedia a rejeição da sugestão de considerar o funk como crime de saúde pública contra crianças, adolescentes e a família. A matéria deixa de tramitar no Senado Federal.
Segundo Romário, a medida impedia a livre manifestação do pensamento.
Ele já havia afirmado, na comissão, que outros gêneros já foram perseguidos, como o samba. E lembrou que o Estado nunca conseguiu impedir a manifestação popular.
Na sugestão enviada pelo web designer Marcelo Alonso, ele defendia que o funk é uma vergonha para a sociedade brasileira.
E dizia que os bailes chamados de "pancadões" são somente um recrutamento organizado nas redes sociais para atender a criminosos. Também, segundo o autor, é um crime contra a criança e o adolescente ao uso, venda e consumo de álcool, drogas e exploração sexual.
"Infelizmente a prática de crimes ocorre nos mais diversos ambientes da sociedade brasileira, inclusive nos bailes funk", afirmou Romário. "Para isso, já existem aparatos de repressão e judiciais que devem cumprir seu dever. E estes bailes também são uma alternativa de diversão para milhões de jovens em nosso país, e nas áreas mais carentes, é muitas vezes a única", afirmou o senador, chamando atenção ainda para o caráter de manifestação artística e cultural que o funk possui para estes jovens.
A proposta foi convertida em sugestão legislativa após receber o apoio de mais de 20 mil internautas no portal e-Cidadania.
* Com informações da Agência Brasil e da Agência Senado
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