20 anos após fiasco, Def Leppard acerta contas com passado no SP Trip
Se em suas duas primeiras noites o São Paulo Trip viu as bandas de abertura desconectadas da apresentação principal, seja por dissonância de estilo ou puro desinteresse por parte do público, o domingo veio como redenção para o festival, com a volta do Def Leppard à capital paulista após 20 anos.
Abrindo para o Aerosmith, o grupo inglês foi acompanhado com entusiasmo por boa parte plateia, já em bom número no Allianz Parque. Muitos ali aficionados pelo hard rock dos anos 1980, estilo que a banda do vocalista Steven Tyler ajudou --e muito-- a moldar.
Apesar da formação britânica, o Leppard tem DNA americano, alinhado com a antiga cena de Los Angeles. Isso significa guitarras a pino, refrões sempre para alto e melodias radiofônicas. A fórmula de um bom show de arena.
Amparadas por um show de luzes, "Animal", "Love Bites", "Rock of Ages", "Rocket" e "Photograph" fizeram o público viajar para um tempo em que um bom refrão e um solo melódico valiam muito mais do que gritos e distorções na guitarra. O grupo também apresentou músicas novas, seguindo o roteiro da apresentação que fez no Rock in Rio na última sexta.
O fiasco da turnê brasileira de 1997, que quase ninguém viu, ficou para trás. Você pode ou não apreciar o estilo do Def Leppard, mas a apresentação funcionou como aperitivo para uma plateia atenta a cada movimento do afinado vocalista Joe Elliot e do besuntado guitarrista Phill Collen, de muita pose e grande técnica. O festival São Paulo Trip segue neste domingo com o Aerosmith e continua na terça com Alice Cooper e Guns N' Roses como atrações principais.
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