Bem entrosados, Red Hot fecha o Rock in Rio com mensagem contra preconceito
Em seu terceiro Rock in Rio, é possível que o Red Hot Chili Peppers tenha feito um de seus melhores shows por essas bandas. Com química e entrosamento, a apresentação foi perfeita para encerrar a maratona de sete dias do festival.
Os californianos fizeram uma apresentação tecnicamente impecável, com som bom e um setlist bem distribuído entre jam, hits obrigatórios, pérolas do clássico “Blood Sugar Sex Magik” (1991), que completara 26 anos nesta noite, e canções do novo disco “The Gateway”, talvez o responsável pela boa fase da banda que, não à toa, tocou centralizada no imenso Palco Mundo.
A pegada mais pop do álbum não encontrou eco na apresentação, mas fez azeitar a relação entre os integrantes, inclusive com o guitarrista Josh Klinghoffer, que em 2011, na mesma Cidade do Rock, parecia ainda não estar tão bem enturmado.
O repertório refletiu isso até mesmo com canções mais recentes. A ótima “Dark Necessities”, do recente trabalho, e “Did I Let You Go”, de 2011, dialogaram de forma orgânica com os sucessos da fase funkeada como “Sir. Psycho Sexy”, e “Can’t Stop”, lançada em 2002, quando o Red Hot estava no auge de uma nova fase na carreira.
Para coroar uma das edições mais políticas do festival, a presença de “The Power of of Equality”, canção potente contra a intolerância, tocada antes do combo final, não pareceu uma escolha aleatória. A canção fechou a festa como a mensagem perfeita contra o preconceito. “Meu nome é paz, esta é a minha hora. Posso ganhar só um pouco de poder?”, diz a letra.
No bis, com "Goodbye Angels" e "Give It Away", o baixista Flea pregou justamente a paz, enquanto Anthony Kiedis pedia: “Cuidem uns dos outros”.
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