Com shows esgotados no Rio, Rouge supera desavenças e comemora 15 anos
O anúncio oficial, depois de anos de espera, fez os fãs ficarem possuídos pelo ritmo Ragatanga mais uma vez. O alvoroço foi tanto que a notícia do retorno aos palcos, em um show no Rio fez os ingressos para o Chá Rouge, que acontece nesta sexta (13), no Vivo Rio, esgotarem em horas. Pois Aline Wirley, 35, Luciana Andrade, 39, Li Martins, 33, Fantine Thó, 38, e Karin Hils, 38, marcaram show extra no sábado e expandiram o revival também para a capital paulista, onde se apresentam no dia 25 de novembro.
"O pedido dos fãs para que nos reuníssemos já vem de um bom tempo, mas sentíamos que ainda não era o momento. Até que quando a linda Antonella nasceu [em junho deste ano], nós nos reunimos para gravar um programa de TV, e o convite aconteceu, a partir do Pablo Falcão, que é o responsável pelo Chá da Alice", conta Li, que fez carreira em musicais, participou de "A Fazenda" e lançou seu primeiro single no ano passado.
Tiago Abravanel também teve sua participação: foi o cantor que abriu sua casa para uma primeira reunião das cinco, onde bateram o martelo que era a hora de um show de comemoração aos 15 anos da banda.
Segundo Karin, o reencontro para retomar uma rotina que viveram há tanto tempo foi emocionante. "É uma sensação maravilhosa. Amo essas meninas e sei que é recíproco, logo é sempre bom estar com elas. Estamos vivendo o momento da melhor forma possível", diz.
A reunião marca o retorno de Luciana, que já declarou em diversas ocasiões que não voltaria a se reunir com o Rouge, inclusive porque "não se identificava musicalmente com o grupo". A cantora deixou o grupo, formado em 2002 no reality show "Popstars", do SBT, dois anos depois, buscando outros rumos em sua carreira solo. O quarteto ainda lançou dois álbuns sem a ex-integrante, mas a popularidade já não era a mesma, e o fim chegou em 2005, com o fim do contrato com a gravadora.
"Nós éramos muito novas. Não era isso, era uma mistura de fatores e sentimentos... Desde que saí do grupo, eu sentia algo me incomodando. Era como se algo prendesse minha garganta. Poder estar ao lado delas hoje para conversar sobre tudo, colocar um ponto final no lindo início de nossas carreiras e fazer um novo começo agora é um sonho", garante Luciana, que hoje é apresentadora e instrutora de canto.
"A minha felicidade é que a vida é bela e sempre trata de arrumar tudo, dar uma nova chance. Acredito que hoje estamos mais maduras e por isso esse momento tem sido tão perfeito para a reunião. Hoje é só amor e dedicação para que os shows fiquem perfeitos!", afirma.
Se houve briga, elas fazem questão de deixar para trás.
"Nós sempre mantivemos contato, na medida do possível, já que cada uma foi tocando sua vida e sua carreira. Mas sempre havia um tempo para conversar, nos reunirmos. O que passou, passou e agora seguimos felizes e gratas por esse novo encontro", afirma Aline, que se divide entre as funções de atriz e cantora desde o fim do grupo.
Doze horas de ensaio por dia
Quinze anos depois, hits como "Ragatanga", "Brilha La Luna" e "Não Dá pra Resistir" ainda são lembrados de cor pelos fãs mais saudosos. Mas as meninas têm suado a camisa em ensaios diários de doze horas para relembrar todas as coreografias.
"Querendo ou não acabamos esquecendo algumas coisinhas, já que faz 15 anos desde tudo. Sentimos o corpo cansado, o ritmo está bem puxado. Sentimos dor nas costas, nos joelhos (risos). Mas está valendo muito a pena", garante Li.
Além dos admiradores mais antigos, a nova geração também curte os sucessos do grupo. Antônio, filho de Aline e Igor Rickli, se diverte com Ragatanga. As crianças de "Carinha de Anjo", que tem Karin no elenco como a irmã Fabiana, adoram as músicas dançantes e alegres.
"Acredito que ainda repercute forte com a geração que cresceu conosco, mas também podemos ter novos fãs de novas idades", diz Fantine, que é mãe de Christine, 6.
A menina, no entanto, não verá o reencontro do grupo por enquanto: ela ficou na Holanda, onde mora. Hoje separada do sonoplasta holandês Nick Van Balen, a cantora se mudou para o país em 2007, onde chegou a se apresentar no "The Voice" local e hoje trabalha como instrutora de ioga.
"Aqui eu cheguei muito mais longe. Lá participei para me aproximar do mercado, dar um up na carreira, já que a TV traz isso. Foi uma experiência maravilhosa", recorda ela, que ainda não sabe se volta definitivamente para o Brasil. "Estou indo uma coisa de cada vez", explica.
Participar de um reality show como o "Popstars" - que também revelou o Br'Oz em 2003 - é algo que as meninas fariam de novo, aliás. E recomendariam para quem quer seguir carreira na música. "O programa nos abriu uma porta gigante, é um marco na vida de pessoas que têm um sonho e acham que ele pode ser real. Nosso conselho é tentar deixar os pais por perto para poder ajudar, instruir melhor", diz Aline.
A repercussão do reencontro surpreendeu as integrantes, mas elas dizem que ainda é cedo para falar sobre uma turnê. Mas, afinal, o que torna o Rouge tão querido até hoje?
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