Ex-Pussycat Dolls diz que grupo musical servia como "rede de prostituição"
Na esteira das acusações de assédio sexual em Hollywood, a ex-integrante do Pussycat Dolls Kaya Jones revelou em sua conta no Twitter que o grupo musical servia como uma “rede de prostituição” e que ela era “obrigada a dormir com executivos da indústria musical".
"A minha verdade é que eu não estava numa girl band. Estava numa rede de prostituição. Oh, e por acaso até cantávamos e éramos famosas, mas quem fazia dinheiro eram os nossos donos”, disse. “Para fazer parte do time, você tem que jogar no time. Ou seja, dormir com quem eles diziam”.
E continuou: “Quão ruim foi? As pessoas perguntam - ruim o suficiente para me afastar dos meus sonhos, colegas de banda e um contrato discográfico de 13 milhões de dólares. Nós sabíamos que seríamos número 1 nas paradas".
A cantora de 33 anos ainda citou a morte em 2014 de Simone Battle, que chegou a integrar o grupo. “Eu quero que a líder do grupo confesse por que outra de suas garotas cometeu suicídio. Conte ao público como você as quebrou mentalmente”.
Kaya Jones fez parte do grupo entre 2003 e 2005, quando o Pussycat Dolls chegou a ter nove integrantes. É nessa época que Nicole Scherzinger, vencedora do reality show Popstar e a integrante com maior sucesso solo, entrou no grupo. Ela não se pronunciou sobre as declarações, mas a coreógrafa Robin Antin, uma das fundadoras do Pussycat Dolls, rechaçou a acusação.
Em entrevista ao site “The Blast”, Antin classificou as declarações de Jones como "mentiras ridículas e nojentas": “Ela está procurando por seus 15 minutos de fama”, afirmou.
Após a repercussão, Kaya comentou que procurou a imprensa para denunciar o caso em dois momentos, em 2006 e 2011, mas não foi ouvida. "Eu amo como predadores gostam de fingir que são vítimas. Patético", escreveu.
A reação da ex-Pussycat Dolls acontece em meio à repercussão do caso do produtor de cinema Harvey Weinstein, apontado por várias famosas como autor de abusos contra elas no passado.
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