Do limão brega ao espaço intimista: os palcos que o U2 trouxe ao Brasil
Turnê do U2 é sempre garantia de datas esgotada e palcos megalomaníacos. No Brasil pela quarta vez, a banda traz a turnê comemorativa dos 30 anos de “The Joshua Tree”, um dos álbuns mais importantes da discografia dos irlandeses, em quatro shows no Estádio do Morumbi, em São Paulo.
Mais uma vez, a apresentação vem ancorada com um grande aparato tecnológico, mas reduzido ao telão de alta definição. Bem diferente da grandiosidade mostrada na “Popmart Tour”, em 1998, e “360°”, em 2011, duas de suas turnês mais ambiciosas e caras. Quem foi nesses shows guarda até hoje na memória a experiência e o visual impressionante.
Relembre os palcos que o U2 já trouxe para o Brasil:
PopMart Tour (1997 – 1998)
93 shows, 3 no Brasil
O flerte com a música eletrônica em “Pop” (1997) dividiu a crítica e os fãs do U2, mas não afastou o público da turnê de divulgação. O palco grandioso, criado por Willie Williams, satirizava o consumismo. O cenário era composto por um telão de 50 metros de largura, um arco de 30 metros que fazia referência ao McDonald’s e um limão gigante que se movia sobre o palco. Pode parecer brega, mas na época o visual impactou a indústria musical e foi um dos grandes espetáculos recebidos na Brasil até então. A estrutura era tão grandiosa que não coube no Maracanã, onde a banda marcou sua única apresentação em terra carioca. O jeito foi transferir a apresentação para o Autódromo Nelson Piquet.
Vertigo Tour (2005-2006)
131 shows, 2 no Brasil
Muito parecido com a turnê anterior, “Elevation Tour”, o cenário para a divulgação do disco “How to Dismantle an Atomic Bomb” (2004) contou com um design de palco um tanto íntimo. Amparado por um telão de alta definição, o palco se dividia em passarelas em forma de elipse, que adentravam a plateia e envolvia um pequeno número de fãs sortudos no centro da apresentação. Sem o mesmo impacto causado pelo “PopMart”, a turnê arrecadou US $ 260 milhões em 110 shows e tornou-se a maior daquele ano.
360º (2009-2011)
111 shows, 3 no Brasil
A ideia era criar um show que permitisse o público ter uma visão completa de qualquer lugar do estádio, mas o U2 foi além. Criado por Mark Fisher, o palco precisou de 120 caminhões para ser transportado e custou, na época, mais de US$ 15 milhões. Foi uma revolução na indústria do entretenimento. O cenário era a própria estrutura: uma garra de aço, de 50 metros de altura, com quatro pernas para segurar as caixas de som. O telão circular expandia e retraia durante a apresentação e ajudou a criar um visual único, além de conseguir colocar 20% a mais de pessoas nas apresentações.
The Joshua Tree Tour (2017)
52 shows, 4 no Brasil
Comparado com as turnês anteriores, o novo show, dedicado ao disco mais célebre dos irlandeses, é até simples dentro dos padrões do U2. A tela mais larga que um IMAX toma todo o espaço do estádio e rende imagens em altíssima definição. É uma viagem bonita de se ver, mas é só isso. Aliás, a banda faz questão de abrir a apresentação sem utilizá-lo, tocando sozinha em um palco secundário, bem próximo ao público. Ótimo para quem garantiu um bom lugar na pista VIP, mas pode frustrar quem procura pirotecnias.
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