Lendário cantor e pianista americano, Fats Domino morre aos 89 anos
Lendário cantor e pianista americano, Fats Domino morreu nesta quarta-feira (25) aos 89 anos em Nova Orleans, cidade em que nasceu e viveu seus últimos anos. A informação foi confirmada pela filha do artista. Segundo a polícia local, o músico morreu de causas naturais.
Nome importante do rock e do R&B, Domino vendeu mais de 65 milhões de álbuns e colecionou sucessos em seus quase 70 anos de carreira, como "Blueberry Hill", "Ain't That a Shame" e "I'm Walkin".
Ele recebeu o prêmio Grammy pela carreira em 1987 e foi introduzido ao Rock and Roll Hall of Fame um ano antes.
Patrimônio de Nova Orleans
Antoine 'Fats' Domino nasceu em 1928 em Nova Orleans, lugar que escolheu passar o resto de sua vida. Nos anos 1980, o cantor anunciou que não sairia mais da cidade para shows ou qualquer outra aparição. O motivo? Tinha dificuldade em encontrar uma comida que gostasse em outro lugar. Acabou se tornando um símbolo do mais relevante centro musical americano.
Fats Domino chegou a ser dado como desaparecido quando o furacão Katrina atingiu a maior cidade do estado de Louisiana, em 2005. Acabou sendo resgatado pelos bombeiros, mas sua casa foi inteiramente destruída. Com a ajuda de doações, conseguiu recuperar um piano de cauda branco, uma de suas maiores relíquias. Passado o susto, o músico se mobilizou para arrecadar fundos para a reconstrução da cidade.
Nas origens do rock
O primeiro sucesso de Fats Domino foi gravado em 1949. “The Fat Man” trazia seu piano ritmado, acompanhado pela melodia que o artista fazia na boca. A gravação vendeu mais de um milhão de cópias e é considerada a primeira música de rock a atingir a marca. Serviu para gravar ainda mais o nome do talentoso (e corpulento) artista que surgia nas paradas.
Ao lado do produtor e co-compositor Dave Bartholomew, os saxofonistas Herbert Hardesty e Alvin "Red" Tyler e o baterista Earl Palmer, o músico atingiu o mainstream com "Ain't That a Shame" (1955), canção que abriu as portas para a gravação de dois discos, "Carry on Rockin" e “Rock and Rollin' with Fats Domino”.
Sua versão para a música "Blueberry Hill" alcançou o segundo lugar no Top 40 e foi primeiro lugar nas paradas R&B por 11 semanas. Fats passou a aparecer também nos cinemas. Foram dois filmes em 1956, “Shake, Rattle & Rock!” e “The Girl Can't Help It”, produções que ajudaram a popularizar o rock ao redor do mundo como símbolo da rebeldia juvenil.
Nos anos 1980 decidiu se fixar de vez em Nova Orleans, onde mantinha uma mansão em um bairro predominantemente de classe operária. Dizia que conseguia sobreviver só com os direitos autorais e negou até mesmo a se apresentar na Casa Branca. Desde então, abriu poucas exceções: Algumas apresentações em cidades vizinhas e a participação anual no "New Orleans Jazz and Heritage Festival".
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