"O prazer da mulher ainda é tabu", diz Karol Conka
Karol Conka falou sobre feminismo e poder da mulher no "Lady Night" de quinta-feira (26). A cantora e apresentadora do "Superbonita" relembrou os problemas que teve com a música "Lalá", que traz na letra o sexo oral na mulher.
"Algumas pessoas se sentiram ofendidas com a música, denunciaram no Youtube. Acho que as pessoas se sentiram incomodadas, daí a gente vê quanto o prazer da mulher é tabu ainda", analisa, negando o rótulo de "empoderada".
"Empoderamento é quando você dá poder a uma pessoa. No caso eu sou uma pessoa poderosa, não empoderada. Quem me ensinou isso foi a Glória Maria. Nunca usei essa palavra [empoderada] nas canções minhas, jogam essa palavra em cima de mim".
Karol comenta sua juventude. "Tive filho com 19 para 20 anos. Teve uma época que minha mãe dizia 'o rap não tá te trazendo nada. Pare, vá fazer um curso'. Fiz telemarketing, fiquei 28 dias, como a maioria dos empregos", recorda.
O divisor de águas veio com a mudança de visual. "Quando pintei o cabelo de rosa dei uma trombada na sociedade hipócrita. Você pega o salto alto e pisa nas pessoas preconceituosas", afirma, lembrando que é necessário ter conteúdo. "Acho que uma mulher superbonita tem que ser um lance comportamental, não adianta ser linda se aqui dentro não tem uma mensagem para passar".
E como lidar quando recebe cantadas machistas? "Faço passar vergonha, é assim que a gente tem que fazer com esses caras".
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