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Consagrado regente da Metropolitan Opera é investigado por assédio sexual

AP
Imagem: AP

Do UOL, em São Paulo

03/12/2017 11h02

O regente James Levine, um dos maiores nomes da área, será investigado sob acusação de abuso sexual. Ele conduz a Metropolitan Opera, de Nova York, uma das maiores companhias do mundo, e foi citado em um relatório policial de 2016, em que um homem o acusa de assédio. O caso teria acontecido há três décadas, quando a vítima ainda era um adolescente, de acordo com o The New York Times.

A direção da Metropolitan Opera confirmou que sabia desde 2016 do relatório policia, mas que Levine negou as acusações e que não houve mais informações da polícia. A companhia decidiu iniciar uma investigação agora, após receber solicitações da imprensa sobre o caso.

Os casos de assédio já abalaram a indústria do entretenimento nos Estados Unidos, com diversos famosos recebendo acusações - como Harvey Weinstein e Kevin Spacey. Agora, o mundo da música clássica foi atingido.

À polícia, a vítima afirma que Levine o pegou pela mão de forma sensual, quando tinha 15 anos. Em outra ocasião, deitou com ele na cama e tocou seu pênis. Após isso, ele afirma ter sofrido abusos por anos.

O homem foi contatado pelo The New York Times, confirmou as acusações, mas teve a identidade preservada. Ele conhecia Levine desde os 4 anos, já que suas famílias eram próximas. Os casos começaram em 1985, quando ele tinha 15 anos. Levine tinha por volta de 40.

O regente teria dado mais de US$ 50 mil, por anos, para comprar o silêncio de Levine.

Peter Gelb, gerente geral da Metropolitan Opera, afirmou que “nós precisamos determinar se essas acusações são verdadeiras e, se forem, tomar as ações apropriadas. Vamos tocar uma investigação própria”.

Levine é um dos regentes mais famosos e influentes, sendo considerado uma estrela em festivais europeus e norte-americanos. São mais de 2.500 performances à frente da Metropolitan Opera, desde que virou diretor musical da companhia, há quatro décadas.