Do rap ao rock, Glastonbury oferece música ao vivo na era digital
Em um mundo digital que está reduzindo o valor da música gravada, a parte mais analógica do setor -tocar ao vivo para milhares de pessoas em um terreno enlameado- está mais popular e mais lucrativa do que nunca.
Glastonbury, é o maior festival em campo aberto da Grã-Bretanha. Realizado em uma fazenda de produção de laticínios no sudoeste da Inglaterra, vendeu 135 mil entradas ao preço de 225 libras (350 dólares) em um tempo recorde de 26 minutos ainda em outubro do ano passado, mesmo sem definição sobre qualquer um dos principais shows.
O rapper, compositor e produtor norte-americano Kanye West encabeça a programação do sábado (27), uma escolha que gerou queixas indignadas de frequentadores que dizem que ele não se encaixa no perfil do festival. Mas é um risco calculado que provavelmente irá recompensar, tanto para manter Glastonbury relevante como para conquistar os fãs de West. E há uma abundância de alternativas, incluindo Deadmau5, Jon Hopkins e, para os redutos indies dos anos 1990, Suede -todos atuando ao mesmo tempo que West.
O analista do setor de música Mark Mulligan, da MIDiA Research, diz que a trajetória de crescimento em música ao vivo é quase uma contrapartida ao declínio nas gravações. "Música ao vivo continua a ser uma experiência única, você só pode ter a experiência de estar lá estando lá", disse. "Por outro lado, a faixa de música está disponível em todas as plataformas legais e também as ilegais de graça."
A música ao vivo na Grã-Bretanha rendeu 789 milhões de libras em 2013, um aumento de 28% em relação ao ano anterior -valor distorcido pela ocupação dos espaços pelos Jogos Olímpicos de Londres em 2012-, ao passo que o valor da música gravada caiu 3%, para 618 milhões de libras, de acordo com o órgão do setor da música no Reino Unido.
Os principais shows em Glastonbury vão de sexta-feira (26) a domingo (28).
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