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Austrália sofre pressão para proibir entrada de Chris Brown no país

Em 2009, o rapper Chris Brown foi condenado a cinco anos de liberdade condicional por agredir sua ex-namorada, a cantora Rihanna - Manuel Balce Ceneta/AP Photo
Em 2009, o rapper Chris Brown foi condenado a cinco anos de liberdade condicional por agredir sua ex-namorada, a cantora Rihanna Imagem: Manuel Balce Ceneta/AP Photo

Matt Siegel

De Sydney

24/09/2015 17h17

A Austrália está sob pressão nesta quinta-feira, 24, para rejeitar a entrada do cantor de hip-hop norte-americano Chris Brown no país devido a seu histórico de violência doméstica. Uma turnê do cantor no país deve acontecer bem no momento em que o primeiro-ministro Malcolm Turnbull prometeu 100 milhões de dólares australianos para combater a violência contra as mulheres.

Vem crescendo o clamor público para impedir que Brown - cuja condicional, emitida no Estado da Califórnia em 2009 em decorrência de uma agressão à cantora Rihanna, foi revogada em fevereiro - se apresente em cidades australianas em dezembro.

A ministra das Mulheres, Michaelia Cash, falando ao lado de Turnbull em um evento na capital Canberra que ressaltou os novos esforços do governo para enfrentar a violência doméstica, exortou o ministro da Imigração, Peter Dutton, a barrar o artista.

"As pessoas precisam entender que, se você vai cometer violência doméstica e depois quer viajar pelo mundo, haverá países que dizem a você: 'você não pode entrar aqui porque não tem o tipo de caráter que queremos na Austrália'", disse Cash aos repórteres.

Dutton não comentou o assunto publicamente.

A vizinha Nova Zelândia já declarou que Brown não se qualifica para entrar no país em resultado de ato semelhante da Grã-Bretanha, o que lança dúvidas sobre a inclusão da região em sua turnê mundial.