Nova exibição oferece vislumbre raro de vida da diva Maria Callas
Quarenta anos depois de sua morte, a vida pessoal da diva da ópera Maria Callas ainda tem um público cativo.
Uma exibição em Atenas, intitulada "Maria Callas - O Mito Sobrevive", conta com 200 pertences pessoais da estrela, inclusive alguns jamais expostos, oferecendo um vislumbre raro de sua vida pessoal até sua morte em 1977.
Nascida Maria Anna Sophie Cecilia Kalogeropoulos em Nova York, filha de pais gregos, sua presença dramática e emotiva dentro e fora dos palcos fascinava as multidões, fosse pela profundidade de sua emoção nos papéis que desempenhava ou por sua tumultuada vida íntima.
"Até descobrir como era exatamente sua vida privada é muito difícil", disse Fotis Papathanasiou, diretor-geral da Fundação Theocharakis, que sedia a mostra no centro da capital grega. Os itens pertencem a um colecionador particular.
"O que você vê é a pessoa, e esta pessoa trazia a marca da figura trágica em cada aspecto de sua vida, ela foi uma artista completa em cada dia de sua vida e cada hora de sua vida", disse.
A exibição traz desde uma bolsa de mão Bulgari incrustada de diamantes a uma bolsa Gucci que ganhou de presente da princesa Grace de Mônaco, mas são as lembranças de seu caso amoroso explosivo com o magnata da navegação Aristotle Onassis que predominam.
Inicialmente o caso foi mantido em segredo, já que ambos eram casados, mas assim que se viram livres para casar Callas sofreu um golpe doloroso e chocante, já que Onassis preferiu Jacqueline Kennedy, a viúva de John F. Kennedy.
Onassis é onipresente na mostra: a xícara em que tomava seu café no apartamento de Callas, uma caixa de laminado dourado que deu à cantora e que ficava em seu criado mudo, uma corrente de ouro que usava no pescoço e da qual pendia um cortador de charuto dourado que ela lhe presenteou e um bolero rosa de pele de marta, que se acredita ser um presente de Onassis. Reza a lenda que ela o usou de propósito no dia em que ele se casou com Jackie Kennedy.
Callas morreu subitamente em 1977, aos 53 anos de idade, de ataque cardíaco em seu apartamento de Paris.
Os itens da exibição criam uma imagem de seus últimos momentos: a xícara em que tomou seus últimos goles de café antes de morrer, a última foto autografada que assinou um dia antes, sua cruz favorita depositada sobre seu pescoço quando faleceu.
Rosas, hoje ressequidas, enviadas por sua rival, a cantora de ópera Renata Tebaldi, um dia depois de sua morte jazem próximas de seu atestado de óbito.
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