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30/04/2007 - 10h01

Coachella reúne 180 mil pessoas em 3 dias na Califórnia; veja os destaques do festival

Durante o último fim de semana, o The Coachella Valley Music and Arts Festival, realizado na cidade de Índio, em pleno deserto californiano, reuniu 180 mil pessoas para assistirem a mais de cem apresentações.

Veja abaixo quais foram os destaques dos três dias de evento e o que não deu certo.

Melhores momentos:

Arctic Monkeys no pôr-do-sol:
A banda inglesa tocou no primeiro dia, no palco principal, ao cair da tarde. Enquanto o céu mudava de coloração, rolavam músicas como "The View From The Afternoon" e "When The Sun Goes Down".

Retorno do Jesus and Mary Chain com Scarlett Johansson:
Tudo bem que a atriz só tenha cantado, timidamente, o refrão da linda "Just Like Honey", mas valeu. A banda dos irmãos Reid mostra que continua tão cool quanto antes.

!!! na tenda Mojave:
O septeto da Califórnia fez um show memorável, principalmente pela performance alucinada do vocalista Nic Offer, que dançava sem parar enquanto as duas baterias da banda eram tocadas por quatro pessoas.

MSTRKRFT caubói:
Apesar do calor insuportável, a dupla de DJs e produtores canadenses fez uma discotecagem animadíssima, movida a uísque de milho bebido no gargalo, sem gelo. Mais de acordo com a paisagem do deserto impossível.

Arcade Fire catártico:
Com as músicas do segundo disco, "Neon Bible", adicionadas no repertório, o grupo canadense faz um show belíssimo que equilibra peso e delicadeza, catarse coletiva no palco e momentos instrospectivos.

Piores momentos:

Happy Mondays de volta:
O inglês Shaun Ryder tem lugar de destaque na mistura de rock e dance music que sacudiu a música pop há mais de 20 anos, mas hoje não passa de um boneco no palco, que mal consegue cantar as letras de seus clássicos.

Novidades de Björk:
Com um disco prestes a chegar às lojas, a islandesa fez uma apresentação impecável visualmente, mas as muitas músicas ainda pouco conhecidas pela platéia deixaram a apresentação cansativa.

Air curto:
Com um atraso de quase meia hora, a dupla francesa teve o mesmo tempo para mostrar seu o show do novo disco, "Pocket Symphony", e não mostrou muita empatia com a platéia que o aguardava.

Explosions in the Sky no lugar errado:
Banda de rock instrumental centrada em guitarras e baixo distocidos e bateria pesada não funciona em um palco grande como o principal, às 16h de um domingo ensolarado.

DJ Tiësto encerra o palco principal:
Depois de Kings of Leon, Arcade Fire e Red Hot Chili Peppers, entre outros nomes do pop rock, por que colocar o DJ de trance Tiësto para fechar a programação do palco principal no sábado?