30/04/2007 - 09h06 Retorno do Happy Mondays no Coachella foi constrangedor Das bandas que fariam seu retorno aos palcos no Coachella, o Happy Mondays foi a única a desapontar --da australiana Crowded House não se pode esperar mais do que as mesmas baladas de sempre, que foi o que tocou. O Happy Mondays, nome de ponta da mistura de rock e dance music da virada dos anos 80 para os 90 no Reino Unido, tem uma série de sucessos perfeitos para transformar qualquer show em uma boa rave. Porém o que se viu na tenda Sahara foi uma banda competente ofuscada por um vocalista apático. Mesmo durante canções clássicas, como "Kinky Afro", Shaun Ryder, líder do Happy Mondays, não se movia no palco e parecia que nem estava ali. Talvez não estivesse mesmo, já que o cantor é famoso por seus excessos com drogas e álcool desde o início da carreira. Em frente ao pedestal de microfone do inglês havia, no chão, um monitor LCD para que pudesse ler as letras das canções. De lado para a platéia, Ryder apenas cantava displicentemente trechos das músicas, que na verdade eram cantadas por uma vocalista de apoio que tinha a tarefa ingrata de tentar fazer o público se divertir com a presença de Ryder. Novo Air não funciona A dupla francesa Air estava entre as atrações mais aguardadas do festival, com o show de seu novo disco, "Pocket Symphony". Até a socialite norte-americana Paris Hilton assistiu ao show da lateral do palco com suas amigas. Veja "Cherry Blossom Girl" ao vivo. Apesar da expectativa, uma série de fatos prejudicou a apresentação. Primeiro, um atraso de quase meia hora, o que encurtou o show para aproximadamente 30 minutos. Segundo, a falta de empatia da dupla Nicolas Godin e Jean-Benoît Dunckel, que a distanciava do público. E terceiro, o fato de os dois estarem tocando em um enorme festival, o que significa muita gente na platéia que não é exatamente fã da música delicada da banda. Talvez mais adequado seja o show em um palco menor e coberto, como o do Tim Festival, onde a dupla deve se apresentar este ano. |