30/04/2007 - 07h29 Último dia de Coachella teve menos calor e atrações mais variadas Depois de dois dias intensos de shows, o domingo no Coachella se dividiu entre os que mantiveram a energia para enfrentar mais dez horas de apresentações seguidas e os que aproveitaram a temperatura um pouco mais amena que na sexta-feira e sábado --mas ainda assim bastante quente-- para curtir o festival mais tranqüilamente. E o último dia do festival reservouuma programação musical mais variada que os dias anteriores, com rock, country, hip hop, pop e eletrônica. E Rage Against the Machine. Os shows começaram às 13h, no palco principal, com o cantor Mika, revelação do pop britânico no começo do ano. O novato apresentou a uma platéia ainda reduzida um pop setentista que remete a Elton John e a Freddie Mercury, o que tinha tudo a ver com o horário e o clima ensolarado. Ao vivo a voz de Mika fica mais estridente e cansativa que no disco, mas nada que comprometesse o show de apenas meia hora. O rapper norte-americano Lupe Fiasco atraiu mais público para a frente do palco principal com mais "pegada" nas canções. O rap também esteve presente com Kid Beyond, na tenda Gobi, e The Coup, no palco secundário. Reuters Neil Finn durante show da banda Crowded House | Na mesma hora em que o Explosions in the Sky deixava o palco, na tenda Sahara, o grupo belga Soulwax apresentava sua "versão noite" em plena luz do dia. "Nós somos o Soulwax Nite Version e agora é a happy hour", disse ao público Stephen Dewaele, líder do grupo ao lado de seu irmão David. A partir daí, seguiu-se a fusão dançante de rock e eletrônica do grupo, que não dá um segundo de descanso, como a dupla apresentou no Nokia Trends de 2006 em SP. Ali perto, na tenda Gobi, tocava a dupla mexicana Rodrigo y Gabriela com seus violões. Enquanto o indie rock britânico e animado do Kaiser Chiefs soava com "I Predict a Riot" e outras canções no palco secundário, no palco principal estava o ícone Willie Nelson com músicas country e folk adequadas para ouvir ao ar livre no gramado. Como o som de Nelson é mais suave que o dos britânicos, o som o Kaiser Chiefs se misturava ao do cantor de 74 anos em alguns momentos. Na seqüência, ainda no palco principal, outro retorno: os australianos do Crowded House mantiveram o clima "família" com baladas pop, como "Don't Dream It's Over", sua música mais conhecida. O francês Manu Chao veio logo depois com rock aliado a ritmos africanos e latinos, o que preparou o público para a entrada do Rage Against the Machine. Reuters Público descansa no gramado do festival | Domingo na horizontal Muita gente preferiu apenas ouvir os shows deitada no gramado do Empire Polo Fields, em Índio, a ficar em pé de frente para os músicos ou circular entre os palcos. Não que isso não tenha ocorrido nos demais dias, mas pareceu ter tido mais adeptos no domingo. Se no sábado o público chegou mais cedo, hoje foi aparecendo aos poucos até o meio da tarde. O evento reuniu 180 mil pessoas de sexta-feira (27) a domingo (29). Mesmo com 60 mil pessoas por dia, o festival acontece no clima de total tranqüilidade. Não há confusões, sempre há o que beber e comer por perto e algo de interessante sempre acontece em volta. Pode ser um grupo de pessoas com fantasias feitas com bexigas, um homem que passeia apenas com um tapa-sexo e uma toalha amarrada nas costas, uma instalação ou, é claro, uma boa apresentação em algum dos cinco palcos. |