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Reportagens Especiais

16/04/2005 - 22h00
BMC aproxima o público e os produtores da música eletrônica





Rodrigo Siqueira
Especial para o UOL



Mesmo tratando de questões extremamente técnicas de produção de áudio, o segundo workshop do Brazil Music Conference (BMC) conseguiu uma interessante aproximação entre o público, formado principalmente por DJs e produtores iniciantes e iniciados, e quatro experientes profissionais que atuam na música eletrônica.


A mesa foi formada por Mad Zôo, DJ e produtor que colabora com o trabalho do DJ Patife e já fez remixes para vários artistas como Ed Motta, Fernanda Porto e Cláudio Zoli; o argentino Dero, parceiro de Carlinhos Brown no projeto Candyall Beat e que toca neste sábado, às 16 horas no palco Arena, no Skol Beats; o experiente DJ Xerxes, dono do selo Innerground; e Marcelo Claret, diretor do Instituto de Áudio e Vídeo, responsável, entre diversos trabalhos, pela sonorização dos shows de Paco de Lucia, Rosa Maria e Legião Urbana.


O produtor Mad Zôo, que começou no hip hop ainda nos anos 80 e depois migrou para a música eletrônica, deu o tom da realidade de produção que os DJs e produtores iniciantes têm que enfrentar, como a falta de equipamentos e de condições para trabalhar com profissionais especializados. "É preciso conhecer todas as etapas da produção, da gravação e da mixagem até a masterização. Eu só consegui evoluir no meu
trabalho porque eu fui obrigado a fazer de tudo, tive que ralar muito".


Dero vai na mesma direção ao afirmar que já ouviu muita música ruim feita em estúdios sofisticados e ótimas músicas produzidas em equipamentos simples. "É preciso produzir com os equipamentos que puder comprar, não precisa ser o melhor", aconselhou aos iniciantes que estavam na platéia.


O esforço em aprender as melhores técnicas para produzir uma música melhor prendeu a atenção da platéia a cada detalhe. "A forma como eles explicam é fácil para o iniciante", afirma Denis Braga, 20, que é estagiário em uma empresa de produção de DVD´s.


O DJ Geh, que estava na platéia e já fez um curso de produção de áudio com Marcelo Claret, diz que pôde aprender mais um pouco. "Deu pra aprender sobre a análise de baixas freqüências, que são os sons mais
graves. Por exemplo, há muitos sons graves que não podem ser ouvidos perto de uma caixa de som numa festa, porque as ondas sonoras desses sons chegam a ter 17 metros. Por isso, a pessoa não escuta os graves".


Para Claret, foi bom ter participado de um evento voltado para DJs. "Essa troca de experiência é fundamental. Os DJs deviam participar
também dos eventos voltados para os técnicos de áudio", sugere.


A proximidade entre o público e os profissionais da produção ficou explícita, na avaliação do DJ Xerxes. "Participar desse workshop foi mais um aprendizado pra mim".






















































































































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