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Reportagens Especiais

16/04/2005 - 22h05
DJs contam sobre começo da carreira em última palestra do BMC





Rodrigo Siqueira
Especial para o UOL



Para uma platéia de apenas 30 pessoas, a última palestra do Brazil Music Conference (BMC) reuniu hoje um time de 11 DJs que representa uma boa fatia da história da música dance brasileira. "Hoje as pessoas só se preocupam com o novo, só querem o novo, mas é preciso resgatar a história. É muito difícil consolidar uma cena dance no Brasil se as pessoas não souberem quem é quem nessa história", lamentou o DJ Anderson Noise.


Além dele, estavam presentes os DJs Grego, o mais velho da turma, que começou tocando disco music na década de 70, Memê, Patife, Silvinho, Ferris, Ramilson Maia, Marky, Felipe Venâncio, Torrada e o editor da revista "DJ Sound", Fernando Sarmiento.


Apesar da saída de alguns DJs, entre eles o próprio Anderson Noise, para outros compromissos no Skol Beats, as poucas pessoas que assistiam ao evento puderam ouvir algumas passagens sobre a história dos DJs.


O hoje festejado DJ Marky contou que no início de sua carreira tocava em uma casa noturna e ensaiava seus sets antes de tocar. "Depois de um tempo, o público já sabia o que eu ia tocar, como eu ia mixar. E eu fui
mandado embora por não ser um DJ espontâneo. Desde esse dia, a coisa mudou completamente. Hoje eu não escuto em casa o que eu vou tocar na pista, eu escuto outras coisas, jazz, funk, hip hop, soul".


Outro que falou sobre o começo de sua carreira foi o produtor e DJ Ramilson Maia, que apontou o veterano DJ Grego, presente na mesa, como um dos responsáveis sua guinada para a dance music. "O Grego me contratou
para lavar os discos dele com sabão neutro, um a um. E eram mais de 3 mil discos. Eu olhava uma capa ou nome que eu gostava e colocava para ouvir. E aos poucos fui conhecendo muita música", lebrou Ramilson.


"Ninguém podia imaginar, nos anos 70, que chegaríamos ao que é hoje. Quando eu toquei Kraftwerk em 1978, os caras trabalhavam com um equipamento de 250 mil dólares. Hoje, com um computador de R$ 5 mil, um
moleque já pode produzir e tocar suas músicas", concluiu Grego, sentado bem ao lado das arenas do Skol Beats, que espera um público de 60 mil pessoas.






















































































































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