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Com camisa do Neymar e hits dançantes, Maroon 5 encerra turnê para 30 mil em SP

Adam Levine veste camisa do Neymar na apresentação do Marron 5 em São Paulo (26/8/12) - Amauri Nehn e Francisco Cepeda/AgNews
Adam Levine veste camisa do Neymar na apresentação do Marron 5 em São Paulo (26/8/12) Imagem: Amauri Nehn e Francisco Cepeda/AgNews

Estefani Medeiros

Do UOL, em São Paulo

27/08/2012 03h21

São exatamente 21h30 do domingo (27), quando o despertador que introduz a música “Payphone” convida o sexteto californiano Maroon 5 para subir ao palco e realizar a última das três apresentações da turnê “Overexposed” no Brasil.

Após passar por Curitiba e pelo Rio de Janeiro, o grupo liderado por Adam Levine tem recepção de boyband na noite fria paulistana. Isso inclui gritos histéricos e faixas com pedidos de casamento de um público formado principalmente por adolescentes de classe média.

De costas, Levine faz suspense e apresenta o primeiro dos diversos trechos de covers de ídolos pop que transitam o setlist da banda, “Don’ t Stop Til You Get Enough”, do Michael Jackson. O sucesso radiofônico “Sunday Morning” é um dos primeiros hits cantados em uníssono pelo público. Atrás da banda, placas de luzes coordenadas por videomapping iluminam a apresentação com cores que se intercalam como uma coreografia visual. 

Ao contrário do show que foi apresentado no Rock In Rio 2011, algumas músicas ganham uma roupagem mais pesada nesta turnê, com guitarras distorcidas e solos dedicados do guitarrista James Valentine. Uma delas é “Harder to Breathe”, que é iniciada com um trecho de música do produtor de dubstep Skrillex, prova de que estão antenados na tendência que atualmente conquista o público americano.

Em uma de suas conversas com a plateia Levine apresenta a banda, diz que tentará aprender português na próxima visita ao país e conta orgulhoso que é a primeira vez na carreira do Maroon 5 que eles vendem 30 mil ingressos esgotados, como atração principal de um evento. A última vez que esteve em São Paulo, em 2011, o grupo tocou no Via Funchal, que tem capacidade máxima para seis mil pessoas. 

Na sequência, a faixa “Misery” é cantada em parceria com os fãs, que exibem placas de “oh yeah” para interagir com a banda no refrão. E o megahit “This Love”, single de estreia dos californianos lançado em “Songs About Jane” (2002), conquista a plateia, que corresponde com um coro apaixonado.

A banda pausa para o bis e Levine volta na bateria para tocar uma versão de “Seven Nation Army”, do White Stripes, com Valentine no vocal, mas que tem diversas falhas no som para o público que assiste na pista comum, problema que se repetiu até o fim do show. Na música seguinte, “She Will Be Loved”, o vocalista veste uma camiseta da seleção brasileira do atacante Neymar, jogada por uma fã, para cantar a balada.

Tentando agradar o público, o vocalista também veste outra camiseta branca jogada no palco, mas ao perceber que na camisa se lia “quero que você seja o pai dos meus filhos”, Levine fica sem graça, disfarça e coloca uma bandeira do Brasil em cima do corpo.

Assim como nas outras apresentações da turnê, o show chega próximo do fim com um medley de “Don’t You Want Me Baby”, do grupo Human League, e “Sexy Back”, de Justin Timberlake cantada com um megafone. Levine faz charme e pergunta se o público quer mesmo a última música. É claro que sim. A música é “Moves Like Jagger”, hit cantado em parceria com Cristina Aguilera, e que também ganha versão mais pesada para o show, encerrado com boa energia do público.  

Keane toca rock envolvente e Javier Colon cativa com "Ai Se Eu Te Pego" 

A abertura do show do Maroon 5 começou cedo, por volta das 19h15, com a apresentação do iniciante americano e vencedor do reality musical "The Voice" (do qual Adam Levine é jurado), Javier Colon, em companhia da banda em versão acústica. O cantor apresentou covers como "Time After Time" da Cindy Lauper e "Fix You", do Coldplay. Para ajudar o público a interagir com as músicas da banda, ainda pouco conhecida no país, Colon introduziu "Ai Se Eu Te Pego", do Michel Teló, que fez os fãs cantarem animados. 

Já os ingleses do Keane, apresentaram seu rock envolvente com guitarras sintetizadas e calças justas para um público atento, mas ainda bastante disperso. Hits como a chorosa "Everybody's Changin" e as dançantes "Is It Any Wonder" e "Crystal Ball" cativaram o público e arrancaram aplausos calorosos. O show também teve espaço para a divulgação do álbum "Strangeland", de 2011, com a apresentação de "You Are Young", "Silenced By The Night", "The Starting Line" e "Sovereign Light Cafe". "Vocês nos fizeram sentir como headliners hoje", comentou o vocalista Tom Chaplin. 

Para a fã e estudante de 19 anos Anna Broggi, o show foi "emocionante". "Só vim hoje porque sou muito fã de Keane. Gostei muito do show, ele (o vocalista) é muito fofo, fala bem, e as músicas ao vivo são tão boas quanto no álbum. Achei curto, mas ótimo."