Sem clima de eleições e lei seca, Brasília assiste a primeiro show da turnê "Elvis in Concert"
Enquanto a maioria dos municípios brasileiros se preparava (em alguns casos com lei seca) para escolher um prefeito, Brasília se deu ao luxo de ter a recepção a um “rei” como maior compromisso da noite pré-eleições. Neste sábado (6), a cidade recebeu o primeiro show da turnê “Elvis in Concert”. No espetáculo, o rei do rock volta aos palcos por meio de uma projeção enquanto integrantes de sua banda original tocam ao vivo.
Preocupações com as eleições ou mesmo com a lei seca passaram longe da cidade da política nos momentos que antecediam ao espetáculo. As 8 mil pessoas que (de acordo com a organização) assistiram ao espetáculo podiam beber tranquilamente nos arredores e dentro do ginásio Nilson Nelson.
O professor universitário Márcio Max enfrentou uma viagem de quatro horas de Anápolis (Goiás) até Brasília para assistir o espetáculo. Acompanhado de amigos, Max aproveitou também tomar algumas cervejas enquanto esperava o show. “Em Anápolis não poderia, já que lá tem lei seca”, afirma o professor. Ele já planejava o itinerário para poder votar no domingo: “A gente vai chegar lá de madrugada. Então dá tempo”.
Alguns fãs preferiram assistir ao “Elvis in Concert” do que votar. Uma delas é a curitibana Priscilla Manelli. Sem conseguir passagem de volta para casa para o domingo, ela (que ganhou o nome em homenagem a Priscilla Presley, ex-mulher de Elvis) optou por assistir o show. Priscilla não tem candidato para a eleição, mas não tinha dúvidas na hora de escolher a música predileta de Elvis: “Suspicious Minds. A letra tem tudo a ver comigo”.
Rostos conhecidos também estiveram presentes ao show, mas nenhum político de grande expressão (já que a maioria deles está preocupada com as eleições municipais). Entre os nomes que apareceram para assistir o “Elvis in Concert” estavam a designer de jóias Carla Amorim (que inclusive fez um colar para Priscilla Presley) e o tricampeão de Fórmula 1 Nelson Piquet. Ao comentar o show, Piquet lembrou a rapidez do tempo das pistas: “Maravilhoso”. Perguntado sobre a música preferida, também foi ágil: “Suspicious Minds”.
Suspicious Minds e Love Me Tender são pontos altos do show em Brasília
Em “Elvis in Concert”, uma superprodução foi montada para compensar a ausência física de Elvis. Músicos da banda original do cantor como o guitarrista James Burton, o baterista Ron Tutt, o pianista Glen Hardin e a backing vocal Estelle Brown se uniram a uma orquestra de metais para executar todas as músicas ao vivo. O único elemento do show gravado é a voz de Elvis.
A banda formada por músicos experientes mostrou fôlego ao acompanhar um Elvis que não envelheceu por quase três horas. Mas mesmo com a ótima banda, quem deu o ritmo ao espetáculo foi o Presley. No show que mesclou clássicos do rock como Johnny B. Goodie e Hound Dog com baladas como Don´t Be Cruel e My Way, era difícil deixar de prestar atenção ao telão com o astro.
O ápice do espetáculo foi Suspicious Minds (campeã de popularidade entre o público). Na hora da música, os expectadores se levantaram das cadeiras e dançaram junto com Elvis. Outro ponto alto do show foi Love me Tender, onde os fãs vibravam e aplaudiam cada beijo que Elvis dava em uma fã no telão. Durante a execução da música, o rei do rock distribui mais de vinte beijos.
O espetáculo mostra que, com um pouco de tecnologia e ótimos músicos, é mais fácil acreditar que Elvis não morreu. Para quem perdeu o show em Brasília, o “Elvis in Concert” ainda vai passar por outros locais do Brasil. Os próximos shows estão marcados para São Paulo (dias 8, 9, 10 e 13 de outubro) e Rio de Janeiro (dia 11 de outubro). Para mais detalhes sobre ingressos para os shows acesse o Guia UOL
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