Linkin Park é aclamado por um público fiel no Rio de Janeiro
Sem tocar no Brasil desde 2010, quando se apresentou no festival SWU, em Itu (SP), o Linkin Park provou, em show no Citibank Hall, no Rio de Janeiro, na noite dessa segunda-feira (8), que mantém uma grande e fiel legião de fãs na cidade. Com a casa lotada em pleno início de semana, a banda foi praticamente carregada no colo pelo público, que cantou boa parte das letras, durante uma hora e 45 minutos, tempo de duração da apresentação. O show, apesar de ser parte da turnê de lançamento do álbum “Living Things”, concentrou seu foco em alguns dos maiores sucessos da banda, como “In the End”, “Somewhere I Belong” e “One Step Closer”.
Marcada para as 22h, a exibição começou com 15 minutos de atraso, suficientes para os ansiosos seguidores do sexteto californiano começarem a gritar o nome da banda. Com uma bandeira verde e amarela com o nome do grupo integrando o cenário, a banda liderada pela dupla de vocalistas Chester Bennington e Mike Shinoda subiu ao palco para o delírio de uma plateia calorosa, que “jogou junto” o tempo inteiro, cantando e batendo palmas.
A mescla de rock pesado com rap feita pelo grupo é combustível mais do que suficiente para incendiar qualquer assistência, ainda mais no Brasil, o que aconteceu definitivamente aos primeiros acordes de “Somewhere I Belong”, um dos maiores hits da banda. “Eu não imaginava que o volume de som estaria tão alto, mas está realmente muito alto. Graças a vocês!”, elogiou Chester Bennington em inglês.
Outro ponto alto foi “Points of Authority”, em que uma roda punk, como nos velhos tempos, chegou a surgir brevemente na pista abarrotada. Em alguns momentos, o uso pesado de recursos eletrônicos pela banda, com muitos graves e as inevitáveis baixas frequências, fez, literalmente, a casa de shows tremer.
Uma manifestação espontânea por parte do público foi o insistente pedido pela música “Crowling”, que há algum tempo vem sido preterida nos setlists da banda. Mas os apelos não comoveram o grupo e a música ficou mesmo de fora. Nada que abalasse a relação ou impedisse que o público, volta e meia, entre uma música e outra, voltasse a gritar o nome da banda.
Como curiosidade, vale destacar que, enquanto o vocalista rapper da banda, Mike Shinoda, ainda está “inteiro”, Chester Bennington, responsável pelos vocais mais roqueiros e melódicos, está nitidamente com menos fôlego, com a emissão vocal comprometida e parecendo até mesmo cansado.
Mas fã que é fã não se importa, e o que era show virou festa com “In the End”, maior sucesso da banda no Brasil. Em “Bleed It Out”, efeitos pirotécnicos que incluíram explosões e cascatas de fogo deram o tom de fim de festa em grande estilo. Depois, foi só o grupo voltar para um rápido bis e sair do palco da mesma forma como entrou: nos braços do povo.
Para o estudante Bruno Maldonado, de 15 anos, o show não poderia ter sido melhor. “Foi perfeito! Sou fã do grupo desde o lançamento de ‘Numb’. Agora só falta mesmo eles tocarem no próximo Rock in Rio!”, sugere.
O também estudante Thiago Portilho, de 18 anos, saiu com apenas uma reclamação. “O show foi excelente, muito bom mesmo, os efeitos visuais estavam incríveis. Valeu cada centavo gasto. Só podia ter mais meia horinha de show”, pechinchou.
O Linkin Park volta a se apresentar no Citibank Hall, no Rio, amanhã, e se despede do público brasileiro no dia 12, em Porto Alegre.
Confira o setlist do show:
“A Place for My Head”
“Given Up”
“New Divide”
“With You”
“Somewhere I belong”
“In My Remains”
“Victimized” (com citação de “Qwerty”)
“Points of Authority”
“Lies Greed Misery”
“Waiting for the End”
“Breaking the Habit”
“Leave Out All the Rest” / “Shadow of the Day” / “Iridescent”
“The Catalyst”
“Lost in the Echo”
“Numb”
“What I’ve Done”
“Bum It Down”
“In the End”
“Bleed It Out” (com citação de “Sabotage”, do Bestie Boys)
Bis:
“Tinfoil”
“Faint”
“Lying for You” + “Papercut”
“One Step Closer”
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