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Munida de DJ, MC e dançarinos, Missy Elliott é o destaque da segunda noite do Back2Black

A rapper americana Missy Elliott, destaque da segunda noite do festival Back2Black, declarou seu carinho pelo Brasil  "Queria vir para cá desde meu segundo disco" (24/11/12) - Ana Carolina Fernandes/UOL
A rapper americana Missy Elliott, destaque da segunda noite do festival Back2Black, declarou seu carinho pelo Brasil "Queria vir para cá desde meu segundo disco" (24/11/12) Imagem: Ana Carolina Fernandes/UOL

Debora Pill

Do UOL, no Rio

25/11/2012 08h16

A rapper americana Missy Elliott foi o grande destaque deste sábado (24), segunda noite do festival Back2Black, no Rio de Janeiro. Uma chuva leve e persistente caiu sobre a cidade no fim da tarde e acabou afastando o público da Estação Leopoldina – ao contrário da noite anterior, que atingiu lotação máxima do local.

Munida de um time de qualidade – DJ, MC e dançarinos - Elliott estava claramente feliz em sua primeira apresentação no Brasil. “Queria vir para cá desde meu segundo disco”, declarou, no meio do show. Apesar de ser a rapper mais bem paga do planeta, fez uma apresentação de qualidade e sem superficialidades. O único luxo ficou por conta do figurino, que ela trocou quatro vezes durante o show.

Apesar do mau tempo, Naná Vasconcelos abriu a noite esquentando o público presente com uma apresentação cheia de balanço. Acompanhado por uma big band com 17 músicos, entre eles percussionistas do Rio Maracatu, instrumentistas, backing vocals afinadas e a curiosa presença de três duplas de gêmeos, o músico fez todo mundo dançar com seus convidados especiais: a cantora cabo-verdiana Lura e o pernambucano Jorge du Peixe, que cantou os hinos da Nação Zumbi “Meu Maracatu Pesa Uma Tonelada” e “Maracatu Atômico” com arranjos diferentes.

O show de Flavio Renegado começou com atraso por conta da chuva, pois o palco não era coberto. No entanto, o público não se importou com a água e acompanhou o rapper do Alto Vera Cruz em sua versão de “Jorge Maravilha”, de Chico Buarque, e as músicas de seu último disco “Minha Tribo é O Mundo”.

No palco principal, o trompetista sul-africano Hugh Masekela surpreendeu o público com seu carisma e energia, aos 73 anos. Com disposição e bom humor, ele declarou que esperou cinquenta anos para vir ao Brasil. “As pessoas aqui gostam umas das outras e há música em todo lugar”, disse. “Isso é especial - por favor, cuidem do Brasil”, pediu. Sua versão para a música “Mas Que Nada”, de Jorge Ben, agitou ainda mais o público, que cantou em coro. Ao apresentar os integrantes de sua banda e suas cidades de origem, Masekela brincou dizendo que vinha da Bahia e que se chamava Severino Cachaça de Oliveira. Finalizou sua apresentação agradecendo o público brasileiro e sua generosidade.

Em função do atraso no segundo palco, o rapper paulistano Emicida se deparou com a difícil tarefa de se apresentar ao mesmo tempo que Missy Elliott, a artista mais esperada da noite.