"Palco não é nem de Madonna nem de Lady Gaga", diz diretor da turnê "MDNA"
Quem viu os shows de Lady Gaga no Brasil vai notar a semelhança entre o palco que ela e Madonna estão dividindo na América Latina. Os fãs de Madge chegaram a insinuar que ela teria emprestado a estrutura à rival, mas Jake Barry, diretor de produção da turnê "MDNA" esclarece que as cerca de 384 toneladas de aço "não são de nenhuma das duas". Pertencem à empresa belga Stage Co., responsável pelo palco em forma de garra que o U2 trouxe ao Brasil em 2011. "Nem a Live Nation [produtora do show e 'patroa' de Madonna] tem dinheiro pra ter uma estrutura dessas", brinca o diretor.
Segundo ele, a escolha pelo compartilhamento da estrutura foi visando a diminuir os custos da produção das duas turnês, além de questões de logística. "Temos quatro palcos que viajam pelo mundo a bordo de quatro boeings 747. O do Rio está indo para Porto Alegre. E este aqui irá para Buenos Aires."
Direto do estádio do Morumbi, Barry conta que em geral leva cerca de oito horas entre desmonte e remontagem da estrutura, mas que graças ao "lendário trânsito de São Paulo", a empreitada deverá demorar um pouco mais. "Tudo começou às 6h da manhã e deve terminar às 2h horas de terça (4), data do primeiro show na cidade.
Questionado se acompanhava Madonna nas passagens de som e ensaios, em que ela afirma checar item por item do palco, Barry responde, aos risos, que prefere se esconder nessa hora.
Sobre os atrasos da cantora, que no Rio de Janeiro chegou a três horas, a coordenadora da turnê, Alison Larkin, disse que realmente são fruto do perfeccionismo de Madonna, que checa item por item. "As passagens de som são muito precisas. Ele testa todas as partes móveis, por exemplo."
Os profissionais também comentaram sobre qual o papel da artista na escolha do tipo de palco e como ele funcionaria. Barry, mais uma vez, brinca: "Ela escolhe tudo. Até a roupa que eu estou vestindo hoje. Estou brincando. Nós apresentamos o projeto, ela aprova algumas coisas, outras nós testamos durante os ensaios, de acordo com o repertório escolhido. Se não funciona, voltamos ao escritório e bolamos outra coisa. Mas tudo começou com a apresentação do Super Bowl, que era uma prévia dessa turnê. Desde então, eu não voltei para minha casa", diz o diretor pouco antes de preparar tudo para a 82ª apresentação de Madonna deste ano.
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