"Estou à disposição da Justiça", diz Andrea Bocelli sobre cancelamento de show em 2009
O tenor Andrea Bocelli garantiu que vai cooperar com a justiça brasileira no caso que envolve o nome dele em uma investigação da prefeitura de Florianópolis. Sem ser réu na ação, o artista deverá prestar depoimento para revelar se recebeu um adiantamento do órgão no valor de R$ 1 milhão após o cancelamento de uma apresentação em 2009. "Soube disso [da necessidade de prestar depoimento] há pouco e, obviamente, estou à disposição", disse o italiano durante entrevista concedida nesta terça-feira (11) em São Paulo.
O juiz Alexandre Rosa, da 4ª Vara Criminal de Florianópolis, expediu uma carta precatória para que a Justiça paulista interrogue Bocelli. A ação, que corre em segredo, vai apurar se houve desvio de R$ 2,5 milhões dos cofres públicos por parte do governo municipal -- o valor seria o cachê do artista para um show na virada do ano à época. O cancelamento da apresentação, no entanto, foi decisão da Prefeitura, e não do cantor. Um conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado) sugeriu que ele remarque o show, como forma de ressarcir o erário.
Retorno ao país
Bocelli visita o território nacional pela terceira vez para se apresentar no Jockey Clube, em São Paulo, no dia 13 de dezembro. Durante a apresentação, o cantor promete relembrar a parceria com a brasileira Sandy e lançar uma música inédita, gravada com ela para o CD "Passione", novo trabalho do tenor, previsto para lançamento em janeiro de 2013. Os dois já haviam gravado "Vivo por Ela" em 1997.
O concerto desta quinta deve receber 22 mil pessoas sentadas e terá no repertório uma seleção de árias de óperas italianas e francesas, além de algumas canções brasileiras. Sobre o fato de arriscar o português pela primeira vez em faixas de "Passione", Bocelli demonstrou admiração pelo idioma. "Devo confessar que não foi fácil, peço paciência a vocês", brincou. "Mas me empenhei muito para pronunciar essa língua, pois é um som belíssimo."
"Passione" traz versões para faixas tradicionais da música brasileira, como "Garota da Ipanema" e "Corcovado", esta última gravada em parceria com a artista canadense Nelly Furtado. Mas ao pensar sobre personalidades brasileiras com as quais gostaria de trabalhar, Bocelli se lembra de Toquinho. "Seria ótimo se ele compusesse algo para eu cantar", disse.
O tenor trouxe a família para passear pelo Rio de Janeiro. Depois de visitar o Cristo Redentor, tomar banho de mar e provar a comida local, Bocelli explicou o motivo para a pequena excursão. "Trouxe eles para conhecerem este pedaço tão interessante do país", afirmou.
Para demonstrar seu amor pelo país, Bocelli relembrou suas apresentações anteriores, como o show no Parque da Independência, em São Paulo, em 2009. "Pude sentir o calor do público brasileiro naquele dia", lembrou ele, que se apresentou para cerca de 100 mil pessoas na ocasião.
Autobiografia
Bocelli ainda comentou sobre o livro "A Música do Silêncio", autobiografia recém-lançada pelo tenor e que chega agora ao Brasil. "O objetivo era sugerir reflexões sobre o sentido da vida", disse. "Diz-se que os artista quando escrevem sobre si pedem ajuda a outras pessoas. Sinto orgulho de ter escrito este livro letra por letra, aos poucos".
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