De pai amoroso a rockstar excêntrico, conheça a vida do criador do Lollapalooza
Além de criador do Lollapalloza (festival que desembarca no Brasil nesta semana) e vocalista do Jane’s Addiction, Perry Farrel é conhecido por sua dualidade. Ao mesmo tempo em que amarra e engaiola a mulher, a dançarina Etty Lau Farrell, em seus shows, é um pai dedicado e faz questão de mostrar o carinho que tem com os filhos, Hezron Wolfgang e Izzadore Bravo, com fotos e declarações açucaradas em sua página no Facebook.
Foi amigo do cientista Timothy Leary, um dos precursores do uso psiquiátrico do LSD, e também mobilizou a banda para soltar 100 crianças escravas na África. Já trabalhou com artistas como Debby Harry, Slash e Gary Oldman, se envolveu com o budismo indiano e continua praticando surf nas horas vagas, quando não é rockstar ou criador de um grande festival.
Batizado Peretz Bernstein, Farrell nasceu no bairro do Queens, em Nova York, e desde então já foi garçom, surfista e dançarino de boate. Teve uma infância difícil após o suicídio da mãe e trabalhou parte da adolescência ajudando seu pai na joalheria da família. Ganhou a fama de exótico do rock logo nos primeiros shows do Jane's Addiction, quando usava dreads vermelhos no cabelo. O visual ainda passou por franjões, mechas, coloração laranja e hoje ele cultiva um grisalho curto, mas ainda assim com os figurinos extravagantes que cobriam o corpo magro no início no palco.
Imagens do primeiro Lollapalooza
Este início foi marcado pelo álbum de estreia “Nothing’s Shocking” (1988). O grupo cresceu com “Ritual de Lo Habitual” (1990) e ficou maior com o lançamento do Lollapalooza em 91, quando o festival surgiu como uma reunião de bandas amigas, na Califórnia. Mas o sucesso cresceu muito, assim como as discussões entre Farrell e o guitarrista Dave Navarro e os problemas com drogas, o que resultou em uma das primeiras das várias pausas da banda.
Durante esse período, Perry investiu na carreira solo em projetos como o Porno for Pyros e como DJ na Sattelite Party. Ainda assim, tentou uma nova reunião com o Jane’s e lançou “The Great Escape”, em 2011, quando a banda voltou a se apresentar com integrantes da formação original.
Sem a força dos primeiros álbuns, o grupo se baseou principalmente em ser headliner do Lollapallooza e no Brasil, a recepção foi frustrante. Mesmo em um horário beneficiado por ser “a banda do dono”, Farrell conquistou poucos fãs em uma noite chuvosa, perdendo público para o Arctic Monkeys. O vocalista também se envolveu em polêmica no país após Lobão achar que teve um horário desmerecido no festival e por dizer que brasileiros não tinham educação musical em entrevista à Folha.
Mas independentemente dos altos e baixos na carreira musical de Farrell, o Lollapalooza ficou, teve mais oito edições até fazer sua primeira interrupção em 2003. Voltou em 2005 em Chicago e desde então já ganhou edições em várias partes do mundo, ganhando espaço no Brasil após uma experiência bem sucedida em 2012.
O festival reúne bandas como Black Keys, Pearl Jam e The Killers em São Paulo a partir de 29 de março, quando ele comemora 54 anos.
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