Topo

Contra medida do Conselho Tutelar, fãs de Justin Bieber voltam a acampar

Do UOL, em São Paulo

30/10/2013 17h26Atualizada em 30/10/2013 19h32

A quatro dias do show de Justin Bieber, fãs do cantor voltaram a montar barracas em frente à Arena Anhembi em São Paulo. Proibidos pelo Conselho Tutelar e Guarda Civil Metropolitana desde o final de setembro, adolescentes ignoraram a medida e formaram um grande acampamento na Rua Olavo Fontoura.

De acordo com a assesoria do Anhembi, não houve nenhuma liberação de nenhum dos órgãos para que as fãs voltassem a se instalar no local. "Elas não podem ficar ali porque atrapalham o fluxo e é muito perigoso. Além de tudo, muitas são menores de idade", explicou o assesor, que aguarda um posicionamento do Conselho Tutelar e da Subprefeitura de Santana.

Procurada pelo UOL, a subprefeitura de Santana/Tucuruvi disse que tem realizado vistorias diárias na região do Sambódromo em razão da proximidade do show. "As pessoas estão sendo orientadas à preservar o espaço mínimo, para garantir a circulação de pedestres na calçada", diz o comunicado. E acrescenta: "Não há liberação por parte da subprefeitura para a montagem de barracas".

Os fãs estão no local desde o dia 13 de setembro. Inicialmente, montavam barracas e acampavam no portão 29 do Anhembi.

No entanto, depois que a Secretaria Municipal de Ordem Pública do Rio de Janeiro determinou que barracas não fossem montadas em frente ao sambódromo da cidade, as novas medidas chegaram a São Paulo. Desde o dia 26 de setembro, as paulistas também foram proibidas de acampar na rua à espera de Justin. Segundo a assessoria das subprefeituras de São Paulo, as barracas foram retiradas com ajuda do Conselho Tutelar e da Guarda Civil Metropolitana por "uso irregular do solo e obstrução de passagem".

No dia 3 de outubro, a equipe do UOL esteve no local e conversou com as fãs que relataram alguns perrengues passados por elas desde o primeiro dia que se instalaram no Anhembi.

"No dia em que tiraram as barracas, vieram muitos policiais aqui e, se a gente não saísse, iam tirar a força e pegar tudo o que tinha no chão. Falaram que se a gente dormisse aqui, os pais poderiam até responder processo", contou ao UOL a estudante T. G., de 17 anos. Ela é uma dos 280 fãs que se dividem em grupos e se revezam diariamente para "marcar território" em frente ao Anhembi, mesmo sem barraca.