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Roberto Leal bate o pé e arrisca um samba em São Paulo

Carlos Minuano

Do UOL, em São Paulo

17/10/2014 06h40

A informação de que o português Roberto Leal cantaria samba causava estranheza entre o público que estava na noite desta quinta-feira (16) no Terra da Garoa, casa de shows no centro de São Paulo, antes da apresentação.

Na maior parte do show, os destaques foram mesmo as canções que ficaram conhecidas na sua voz do cantor, sendo “Arrebita” o ponto alto. E Leal não deixou de fazer um tributo ao grupo Mamonas Assassinas. Cantou em alto e bom som: "Já me passaram a mão na bunda e ainda não comi ninguém".

O português ainda apresentou versões no estilo fado de sucessos como “Cavalgada”, de Roberto Carlos, e até “O Vira” do grupo Secos e Molhados. "Só reguei com um pouco de azeite e vinho", disse o português. 

E, no final, Leal cantou samba, sim. Depois da meia-noite, quando a apresentação estava para ser encerrada, o cantor botou um chapéu branco no melhor estilo "malandro" e, ao lado de mulatas, entoou o grande sucesso de Alcione: “Não deixe o samba morrer”. Sua interpretação foi aprovada por Thobias da Vai-Vai, que assistia ao show. “É o português mais brasileiro que conheço”, diz.

Antes de ir embora, Leal ainda fez propaganda de seu novo CD, “Obrigado Brasil”. “Não foi para pegar mais uma fatia de mercado, mas para agradecer o carinho que sempre tive nesse país", disse ele, emendou em seguida "Como Vai Você", de Antônio Marcos.

Na plateia, o playboy Chiquinho Scarpa, foi citado pelo português durante o show: "Admiro a suavidade com que ele anda e com que dirige um importado", brincou o cantor. "Somos amigos íntimos", disse Scarpa ao UOL, pouco antes da apresentação, dizendo que, no Brasil, Leal "não tem o respeito que merece".