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Jack White, Beck e Lady Gaga assinam petição contra YouTube

Lady Gaga engrossou o coro contra a política de direitos autorais vigente no YouTube - Kevin Winter/Getty Images
Lady Gaga engrossou o coro contra a política de direitos autorais vigente no YouTube Imagem: Kevin Winter/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

22/06/2016 10h43

Jack White, Beck e Lady Gaga estão entre os mais recentes artistas a assinarem uma petição contra a hospedagem  de material com direitos autorais em plataformas como o YouTube.

Dezenas de músicos e gravadoras têm defendido uma reforma na DMCA (Digital Millennium Copyright Act), a lei de direitos autorais dos Estados Unidos. Atualmente, a lei permite que sites como o YouTube sediar qualquer música e vídeo postado por usuários, desde que se cumpra os pedidos dos artistas para remover o material, caso haja o pedido.

Os artistas defendem que a lei entrou em vigor há 20 anos e, portanto, está desatualizada. Paul McCartney, U2, Taylor Swift, Guns N 'Roses, Pharrell, Kings Of Leon, Trent Reznor, Fleetwood Mac, The Black Keys, David Byrne e Krist Novoselic são outros nomes que já assinaram a petição.

Segundo o abaixo-assinado, empresas como o YouTube tem feito “grandes lucros” permitindo que pessoas “carregue quase toda canção já gravada em seu bolso, através de um smartphone, enquanto os ganhos dos compositores e artistas continuam a cair.”

Embora não tenha assinado a petição, Thom Yorke, do Radiohead, recentemente comparou o YouTube à Alemanha nazista, dizendo que o site e seus proprietários do Google têm "tomado o controle da arte".

No Brasil

A queda de braço também tem acontecido no Brasil. Editoras e representantes dos maiores artistas nacionais têm ameaçado ir a Justiça para exigir o pagamento integral dos direitos autorais referentes ao material usado pela plataforma. Hoje, o YouTube paga 75% das taxas referentes às obras, deixando de lado o pagamento dos direitos de execução público.

Em um comunicado oficial divulgado pelo Google, assinado pela diretora de comunicação Flavia Sekles, a empresa afirma que as negociações sobre o assunto não chegaram a um acordo. "Por isso o YouTube não teve alternativa senão buscar o auxílio no Poder Judiciário", informando ainda que a empresa depositou em juízo cerca de R$ 5 milhões pela reprodução de obras no site nos últimos 27 meses, visando pagar os compositores brasileiros representados pela Ubem.

O movimento Procure Saber, liderado pela produtora Paula Lavigne, defende que o valor é efêmero. Em entrevista por telefone ao UOL, Lavigne disse que "o digital está massacrando a criação".