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Percussionista do Barão Vermelho, Peninha morre aos 66 anos no Rio

Do UOL, em São Paulo

19/09/2016 19h52

Conhecido pelo trabalho com o grupo Barão Vermelho, o percussionista Peninha morreu nesta segunda-feira (19), aos 66 anos, no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pela ex-mulher do músico, Ana Tereza Lima Soler, nas redes sociais.

Peninha estava internado em estado grave no CTI do hospital da Lagoa, na zona sul carioca. O músico sofria de problemas digestivos e teve uma hemorragia no estômago.

"Queridos amigos e familiares, é com pesar que venho comunicar que o pai dos meus filhos, Paulo Humberto Pizziali, mais conhecido como (Peninha percussão), faleceu agora", publicou Ana Tereza.

Peninha, que este ano completou 50 anos de carreira, entrou oficialmente no Barão Vermelho em 1986, após o lançamento do álbum "Declare Guerra", quando a banda já não contava mais com Cazuza nos vocais.

Antes disso, havia participado de diversas gravações, incluindo “Manhã sem Sono” e a clássica "Bete Balanço”. Ele se juntou ao grupo ao lado do guitarrista Fernando Magalhães, participando não só de shows e discos, mas e também de composições da banda.

Foi integrante fixo até 2013, quando passou a trabalhar com o maestro e arranjador Lincoln Olivetti, morto em janeiro de 2015.

Nos períodos de folga do Barão, Peninha tocava com a sua banda Gungala, com forte influência de salsa, uma de suas grandes influências e que era pouco explorada com os antigos colegas.

Carioca, começou tocando em bailes de Carnaval no Rio, sempre tendo forte ligação com o samba. Mais tarde, participou da orquestra de Ed Maciel e tocou com grandes nomes da música brasileira, como Johnny Alf, Gal Costa, Simone e Sivuca.

Também chegou a integrar a orquestra da Rede Globo, tocando com Bezerra da Silva antes de o sambista se tornar cantor. O corpo do músico, que deixa quatro filhos, será cremado.

"Por trás daquele jeito cascudo, ele era uma pessoa maravilhosa, um grande companheiro, e um músico de um nível muito acima do que qualquer pessoa pode imaginar. Era surpreendente", disse o vocalista Roberto Frejat ao jornal "O Globo".