20/05/2007 - 01h33 Miho Hatori mostra mistura de pop, eletrônica, rock, música brasileira e canta forró em japonês Da Redação A cantora japonesa Miho Hatori mostrou na noite deste sábado sua mistura de pop, eletrônica, rock, jazz e música brasileira no palco do Resfest, festival que acontece em São Paulo até domingo (20). Hatori apresentou canções de seu primeiro disco solo, "Ecdysis", de 2006, e fez uma divertida versão em japonês para o forró "Paraíba", de Luiz Gonzaga. O show estava marcado para começar às 20h, mas a cantora subiu ao palco 1h15 mais tarde. A banda My Brightest Diamond, que tocou na sexta-feira para uma platéia reduzida, se apresentou novamente no sábado como banda de abertura, agora para um público maior que ocupava pouco menos da metade da tenda com capacidade para 2.000 pessoas. Acompanhada pela tecladista Shoko Nagai e o baixista Shanir Blumenkranz, Miho Hatori comandava equipamentos eletrônicos, como sampler, soltava as batidas pré-gravadas e tocava guitarra em algumas canções. A animada cantora conversou o tempo todo com o público e explicou as idéias e influências por trás de algumas das composições. Ao vivo o repertório de Hatori mantém a sonoridade contemplativa e cheia de detalhes do disco. As canções têm bases elaboradas e percussivas que podem receber elementos mais pesados, como distorções, ou suaves, como teclados de timbres limpos e um baixo de pau. A influência da música brasileira apareceu logo na primeira canção da noite, "Barracuda", com sua batida que bebe no samba. Em seguida, a japonesa contou que tem cantado músicas brasileiras em Nova York e arriscou alguns versos de "Tempo de Amor", de Baden Powell, sem acompanhamento. "Pratico todos os dias. Acho que estou chegando lá", brincou sobre seu português. A apresentação curta, com 13 músicas em cerca de 1h15, teve ainda como destaques "A Song For Kids" --cantada em japonês--, a nova "Miss Information" e a delicada "Sweet Samsara pt.1", além de um bom cover para "Heart of Glass", do Blondie, só com teclado, baixo e voz. Outras, como "Walking City" e "The Spirit of Juliet", soam confusas pelo excesso de referências e não chegaram a empolgar. Mas a simpatia de Hatori ao microfone e sua alegria por tocar em São Paulo nos faziam deixar os pontos baixos de lado. O melhor momento da apresentação veio no bis, com a versão em japonês para "Paraíba", de Luiz Gonzaga, transformada em um forró com baixo distorcida e teclado. Na parte final da música o refrão foi cantado em português com a ajuda da platéia. "Eu amo Luiz Gonzaga", disse Miho em inglês ao final da canção. Para encerrar o repertório, uma música japonesa, da ilha de Okinawa, que a cantora dedicou ao público pela boa acolhida. Um final de acordo com o alto-astral do show.(FERNANDO KAIDA) - Mais
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