Michael Jackson 1958-2009
Ana d'Arce
Especial para o UOL Música, em Barcelona
Foram exatamente 89.406 pessoas que passaram pelas atividades do Dia e da Noite da 12ª edição do Festival Internacional de Música Avançada e Arte Multimídia de Barcelona, que aconteceu nos dia 16, 17 e 18 de junho. Com um público ainda maior que do ano passado, o Sónar apresentou uma grande diversidade em termos de música, instalações artísticas e inovações tecnológicas.
De grandes nomes da música eletrônica, como o Chemical Brothes, a novas estrelas, como M.I.A., passando pelo aplaudido underground brasileiro, aqui representado por Artificial, Maurício Takara e o grupo Hurtmold, o festival fez uma panorâmica do melhor na música mundial. Foram vários show cases de selos como o Minus, de Richie Hawtin, que colocou para tocar no SonarPub Troy Pierce vs Magda, Marc Houle, Mathew Jonson e o próprio Hawtin. Merece destaque ainda a extensa seleção de artistas japoneses, entre eles os impagáveis Afra & Incredible Beatbox Band, que encantaram o Village no final da tarde de sexta-feira (17).
Nomes reconhecidos internacionalmente, como DJ Yoda, Jeff Mills, Joris Voorn, Laurent Garnier e Miss Kittin mais uma vez confirmaram a qualidade de seu trabalho e tiveram enorme adesão do público em seus shows. Nomes não tão conhecidos, como Luke Vibert, deverão passar a ser observados mais de perto pela cena eletrônica.
Mas se houve um lugar no festival onde a cultura da música eletrônica aflorava na sua melhor forma foi a feira discográfica. Com um grande número de profissionais do mercado musical circulando por todos os palcos do festival, na feira eles se concentravam ao redor de estandes de selos e gravadoras que ofereciam vinis, CDs e DVDs, camisetas, bottons e todo tipo de material que sirva de ferramenta para a divulgação de artistas, festas e outros festivais.
Um dos pontos altos da programação multimídia, a exposiçao Randonnée (Um Passeio Pelas Paisagens do Século 21), apresentada no SonarMatica, trouxe instalações de artistas de todas as partes do mundo nos mais diversos suportes, com vídeos projetados em telas de plasma ou em telões, maquetes e muitos trabalhos em computador, que podiam ser livremente manipulados pelo público, numa instigante mistura do real com o virtual.
Além de ser assunto por todo lado nas praias de Barcelona hoje, o Sónar ganhou reconhecimento de um dos principais jornais da Espanha, o "La Vanguardia", onde se lia que "este deve ser o único festival que consegue converter arte avançada em cultura de massa."