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26/10/2006 - 00h53
Herbie Hancock experimenta novos caminhos no jazz

Da Redação

Reuters

Herbie Hancock, um dos destaques de jazz do Tim Festival

Herbie Hancock, um dos destaques de jazz do Tim Festival


A importância que Ahmad Jamal teve para o jazz nos anos 50 é transferida a Herbie Hancock na década seguinte. Como principal mentor Miles Davis, Hancock ampliou seus limites para experimentações e integrou o segundo quinteto do trompetista, sempre com sonoridades cujas referências "viajam" no tempo, entre passado e futuro.

Com isso, Hancock apresenta versatilidade tanto em modo acústico (como o que será apresentado com seu quarteto no Tim Festival) quanto na versão elétrica. Dois de seus principais discos resumem isso, o primeiro, "Takin' Off" (1962), que talvez seja um de seus trabalhos mais convencionais dentro do hard bop, até "New Standard", de 1995, que conta com um apanhado de músicas pop em versões jazzísticas. Beatles, Stevie Wonder e Nirvana ganharam novos arranjos com muito groove.

Natural de Chicago, Hancock já era um prodígio no piano antes de completar 10 anos. Logo após deixar o quinteto de Miles Davis, formou um novo grupo e utilizou os diferentes ritmos que surgiam na época. Rock, funk e soul passaram por seus acordes e geraram pérolas no jazz como o disco "Head Hunters" (1973), que impulsionou a trajetória de Hancock ao nível de "novo gênio" do jazz-fusion.

Duas de suas principais composições ganharam novas roupagens e embalaram as pistas de dança nas últimas duas décadas. "Cantaloup Island" serviu de base para o grupo britânico US3 lançar o hit acid jazz "Cantaloop" nos anos 90. E a música "Rockit" foi um dos grandes hinos do breakdance durante os anos 80, por ser um dos primeiros registros do scratch (movimento de "arranhar".

No álbum mais recente, "Possibilities", lançado em agosto de 2005, Hancock se reinventa no próprio estilo, com convidados como John Mayer, Damien Rice, Annie Lennox, Cristina Aguilera, Sting, entre outros.

No Brasil, o pianista toca no dia 27 em São Paulo, no dia 28 em Vitória e no dia 29 no Rio.



DISCOGRAFIA BÁSICA

"Takin' Off" (1962)
"Empyrean Isles" (1964)
"Maiden Voyage" (1965)
"Mwandishi" (1970)
"Crossings" (1972)
"Sextant" (1973)
"Head Hunters" (1973)
"Future Shock" (1983)
"Village Life" (1985)
"Jazz África" (1986)
"The New Standard" (1995)
"Gershwin's World" (1988)
"V.S.O.P.: Live Under the Sky" (2004)
"Possibilities" (2005)
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