Para equipe do UOL, Royal Blood e Pepeu e Baby valeram 1ª etapa do festival
Teve nostalgia, teve metal, teve pop oldschool. Teve casamento, calor de mais de 30ºC, brinquedos com ingressos esgotados. E nos palcos teve muita homenagem, reencontros e, bem, problemas técnicos também.
A equipe do UOL esteve na Cidade do Rock nos três dias do primeiro fim de semana do Rock in Rio 2015 e conta qual foi a impressão que o evento deixou em cada um deles. A cobertura completa você acompanha na nossa página especial do evento.
O que nossa equipe viu por lá
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Alexandre Matias
Foi melhor do que eu esperava, especificamente pelos shows brasileiros do domingo: os Paralamas exigiram sua coroa de melhor banda de rock brasileiro em atividade; Alice Caymmi desponta para um futuro promissor; e Baby e Pepeu nos lembraram que shows históricos não acontecem todo dia. O segundo dia trouxe a nostalgia da minha adolescência, tanto no show do Ministry quanto do burocrático Metallica, mas a grande surpresa foi o Royal Blood dominando o palco principal com o mínimo de instrumentos. Já o primeiro dia foi constrangedor. Temi pelo pior --e ele aconteceu em algum momento entre o encontro de Dinho Ouro Preto e Andreas Kisser ou quando Ivete Sangalo cantou a insuportável "Alegria" no show de 30 anos do Rock in Rio.
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Felipe Branco Cruz
Comparado com as edições passadas do Rock in Rio, o festival deste ano melhorou em organização. A quantidade de banheiros e a qualidade da alimentação foram superiores aos outros anos. O clima familiar do público e a quantidade de lojas transformaram o evento em um grande parque de diversões. Deu para perceber que as pessoas estavam na Cidade do Rock para viver a "experiência do Rock in Rio" e poder dizer "eu fui". Ao entrevistar o público, percebi que esta não era a primeira vez que eles iam ao Rock in Rio. Muitos se gabavam de terem ido em todos, desde 1985. Dos shows, o que eu mais curti foi o Metallica, que eu sou fã, mesmo já tendo visto essa mesma apresentação outras três vezes. Por isso, prefiro destacar a apresentação do Royal Blood. A dupla, sozinha no imenso Palco Mundo, segurou o público com um rock pesado, original e cheio de atitude. Estava curioso para ver a banda ao vivo desde o Brit Awards deste ano, quando ganhou o prêmio de melhor grupo britânico.
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Leonardo Rodrigues
Este primeiro fim de semana foi de nostalgia, de metal "família" e de easy listening. Em termos de música, nada de novidades ou momentos memoráveis. Seleciono apenas dois: Baby e Pepeu fazendo o melhor show do festival até aqui, no palco paralelo Sunset, e o Royal Blood, que deve entrar no hall de melhores revelações da história do festival, pareando com a estreia do Faith no More em 1991. Mas essa não é a praia do Rock in Rio. Sobre a organização, quase tudo estava no lugar, considerando o tamanho do público e do evento em si. Mico mesmo --e daqueles históricos-- só a pane durante o show do Metallica.
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Marco de Castro
O que mais me chamou a atenção foi que grande parte do público parece não se importar tanto com a escalação das atrações musicais. Vem para fazer festa, tirar selfies, vestir a camiseta do Rock in Rio e fazer o sinal de chifrinho com a mão para viver o seu "dia de roqueiro". Dos shows, o que mais gostei foi o do Ministry: caótico, agressivo e barulhento. O Mötley Crüe, essa banda de "hard rock farofa" dos anos 1980, também detonou. Outro ponto alto foi a reunião de Baby e Pepeu. Mesmo quem não é fã, não tinha como não se emocionar. Já um dos pontos fracos, a meu ver, foi o show do Queen + Adam Lambert --como vocalista de rock, Lambert é um ótimo cantor pop. O Metallica também deixou a desejar. Não só porque o som falhou três vezes, mas porque eles já estão fazendo o mesmo show há anos. Quanto à organização, não há muito do que reclamar: não se vê filas para comprar comida ou bebida; os banheiros ficam próximos aos palcos às vezes ficam cheios, mas são grandes e estão presentes em vários locais da Cidade do Rock. E não vi nenhum sujo.
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Tiago Dias
Em seus 30 anos de vida, o Rock in Rio bem que poderia ter apresentado sua melhor edição em termos musicais --afinal, ainda estamos aqui pela música, certo? Mas ao contrário dos patrocinadores, que triplicaram e transformaram o evento praticamente em um Times Square do Rio, foram poucos os bons, novos e surpreendentes artistas. Os britânicos do Royal Blood foram a exceção que comprovou a regra. E já que a onda era homenagear o próprio festival, a volta do Queen virou fichinha se comparado à apresentação arrebatadora de Baby do Brasil e Pepeu Gomes. O som, quase sempre impecával no festival, sofreu um escorregão para manchar o histórico. Por mais que Metallica sempre volte ao evento, a banda não merecia as panes grotescas no som. Na contramão, a organização acertou na expansão dos brinquedos (faltou apenas divulgar melhor o esquema de agendamento por aplicativo), na grande variedade de BRT (para o transporte) e alimentação.
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