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"Estou esperando forças não sei de onde para não desabar", diz irmão de funkeiro morto em show

MC Daleste cantava ao lado do irmão quando levou um tiro no tórax durante show em Campinas (SP) - Reprodução/Facebook
MC Daleste cantava ao lado do irmão quando levou um tiro no tórax durante show em Campinas (SP) Imagem: Reprodução/Facebook

Do UOL, em Campinas (SP)

07/07/2013 13h35

"Estou esperando forças não sei de onde para não desabar". Assim o funkeiro Rodrigo Pellegrine, de 26 anos, definiu o que está sentindo por causa da morte do irmão Daniel Pellegrini, de 20 anos, o MC Daleste. Além de irmãos, os dois cantavam juntos no mesmo grupo de funk.

MC Daleste morreu após ser atingido por um tiro no tórax, por volta das 22h30 de sábado (6) enquanto cantava sobre um palco montado em uma festa julina no bairro San Martin, em Campinas (a 93 km de São Paulo). Rodrigo cantava no palco ao lado do irmão no momento do disparo. 

Ele foi socorrido pela própria produção do grupo e encaminhada ao Hospital Municipal de Paulínia mas não resistiu ao ferimentos e morreu durante a madrugada deste domingo. O corpo do músico foi encaminhado ao Instituto Médico Legal de Campinas, de onde segue ainda nesta tarde para o Cemitério da Vila Formosa, em São Paulo, onde será sepultado às 9 horas desta segunda-feira (8).

O caso está sendo investigado como homicídio simples pelo 4º Distrito Policial de Campinas. Até as 13h15 deste domingo (7) a polícia ainda não tinha pistas do criminoso.

Segundo a Polícia Militar, mas de 5 mil pessoas acompanhavam o show. “Meu irmão não tinha inimigos, ele era da paz. Não consigo imaginar quem possa ter feito isso com ele. Quero justiça. O criminoso tem que ser preso”, concluiu Rodrigo.

Um fã que estava na plateia registrou o momento em que ele foi baleado e publicou o vídeo na internet. Glauco Gabriel, que é indicado nas redes sociais como produtor de MC Daleste, confirmou a morte pelo Twitter do músico. "Infelizmente, ele se foi e está junto a Deus e a mãe dele".

Daleste faz parte do grupo de funkeiros que canta "funk ostentação" ou "funk paulista", em que temas de preocupação social dão lugar a letras sobre dinheiro, marcas de roupa, carros, bebidas, joias e mulheres. O funkeiro cantava os hits "Gosto Mais que Lasanha" e "Mais Amor Menos Recalque", esse último já foi reproduzido mais de 1 milhão e 600 mil vezes no YouTube.