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Gravando com Nile Rodgers, Rogério Flausino diz que "novo álbum do Jota Quest é para dançar"

Rogério Flausino fala sobre participação do Jota Quest no festival Circuito Banco do Brasil, quando a banda se apresenta com o Red Hot Chili Peppers: "vamos recebê-los com pinguinha" - AgNews
Rogério Flausino fala sobre participação do Jota Quest no festival Circuito Banco do Brasil, quando a banda se apresenta com o Red Hot Chili Peppers: "vamos recebê-los com pinguinha" Imagem: AgNews

Estefani Medeiros

Do UOL, em São Paulo

10/07/2013 14h16

Encerrando a gravação do novo álbum, ainda sem nome, com produção do baixista da banda Chic e participação do guitarrista Nile Rodgers, que já gravou com Aretha Fraklin e recentemente com o Daft Punk, o Jota Quest prepara o lançamento do novo álbum para o mês de outubro.

Em conversa com o UOL, o vocalista Rogério Flausino disse que o disco voltará as raízes de soul e funk do primeiro trabalho, "J.Quest" (1996), além de ganhar uma pitada maior de disco music, que coloca o CD na prateleira dos "para dançar".

"A gente tem bastante música para pular, para beijar, mas esse álbum é para dançar", introduz o mineiro. "A gente tá fazendo uma outra parte da produção que é do Adriano Cintra, ex-Cansei de Ser Sexy e o Pretinho da Serrinha, que é a parte balanço do Brasil, que eu achava que tinha que ter, bastante percussão e metais também".

A banda pretende lançar o primeiro single com Rodgers na primeira semana de agosto, enquanto os acordes do guitarrista americano ainda soam nas rádios com "Get Lucky", single bem-sucedido de "Random Access Memories", lançado em maio pelo duo francês. Mas, Flausino adianta que a referência disco e a presença do guitarrista é o máximo que o álbum se aproxima do Daft Punk.

"O novo do Daft Punk obviamente a gente enxerga que é o Daft Punk quando o vocoder entra, mas é um novo Daft Punk mesmo, é tocado com baixo guitarra e bateria de verdade, não houve programação de computadores, houve execução de teclados sintetizados. Indiscutivelmente legal. Mas o Jota Quest não é o Daft Punk, então a gente tá fazendo disco music com funk e soul. Mas é disco, a gente tem umas três faixas que são bem disco, é igual nosso primeiro álbum, que tem um pouquinho de cada coisa."

O vocalista ainda lembra como aconteceu o contato com Rodgers pela primeira vez. "Em 2011 teve um evento em São Paulo que foi Jota Quest e Chic, a gente sempre pagou o maior pau pros caras. Eu acho que esse foi um momento que definiu a nossa volta, que já estava programada faz um tempo. Quando a gente conheceu o cara pessoalmente. Nesse dia, apareceu um monte de gente para conhecer o cara também. Desceu o Seu Jorge, o Mano Brown pintou na área, o DJ Hum", relembra. "Aí o PJ (baixista da banda) começou a conversar com o Jerry, que achou maneiro o lance, foi ver um show da gente em Nova York, topou produzir algumas faixas e acabou produzindo todas."

A banda pretende introduzir o álbum nos festivais dos próximos meses. "Nossa ideia é no dia 31 de agosto já tocar pelo menos duas faixas, que já é o show preparatório para o Rock In Rio, que a gente toca no dia 15 de setembro. Mas a turnê do disco novo só começa no ano que vem", explica.

"Antes disso a gente quer fazer bastante ensaio aberto por que a gente tem muita necessidade e o festival é complicado por que você tem uma hora pra tocar e você não pode chegar e tocar seis músicas novas, não é uma coisa que combina com o Jota Quest também. Você acaba perdendo muito o público, não é o ambiente certo."  

O vocalista esteve na manhã desta quarta (10), em São Paulo para falar sobre a sua participação no festival Circuito Banco do Brasil, onde tocará no mesmo dia que a banda Red Hot Chili Peppers.

"Para gente vai ser muito importante tocar com o Red Hot, maior banda do planeta terra. Receber eles em nossa cidade vai ser uma honra, vamos receber com uma pinguinha", disse, aos risos, durante a divulgação da programação do festival.