Com mensagem de superação, Jessie J convence no Rock in Rio
Ovacionada pelos seus fãs, a britânica Jessie J fez nova apresentação no Brasil, na terceira noite do Rock in Rio 2013, e mostrou o pop chiclete que a fez virar uma artista e não apenas uma fábrica de hits para outros cantores, como Miley Cyrus e Chris Brown. Seu primeiro hit, “Do It Like a Dude”, aguardado com ansiedade para esta noite, quase foi parar nas mãos de Rihanna.
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- http://musica.uol.com.br/enquetes/2013/09/16/qual-foi-o-melhor-show-do-terceiro-dia-de-rock-in-rio-2013.js
A cantora de 25 anos subiu ao palco, com 15 minutos de atraso, vestindo um maiô colorido, um par de brincos gigantes e, amparada por uma banda mais roqueira, cantou de cara os versos de seu maior hit, “Price Tag”: "não precisamos de seu dinheiro, apenas queremos fazer o mundo dançar, esquecer da etiqueta de preço".
Pode parecer irônico ver tantos jovens cantando e se divertindo ao som da música, em uma noite em que o ingresso custou até R$ 260, mas a mensagem anti-materialista de Jessie é ouvida e retransmitida - além de fazer parte do sucesso da cantora.
Liz Menezes, uma estudante de 14 anos, explicou a razão da britânica se sobressair a outras. “Ela não se droga, raspou o cabelo para apoiar quem tem câncer, incentiva os fãs e passa uma mensagem”, explica.
A britânica relembra o episódio do cabelo antes de cantar “Nobody's Perfect”: “Há quatro meses eu raspei meu cabelo para a caridade e conheci uma jovem que me inspirou muito”.
Jessie leva uma vida saudável, longe dos vícios, por uma necessidade e recomendações médicas. Há quatro anos, antes mesmo de lançar seu primeiro disco, ela quase morreu após sofrer um ataque de arritmia cardíaca. Nada que a impeça de dançar e pular no palco, durante o medley dedicado aos hits dos anos 80, que teve “I Don't Wanna Miss a Thing”, famosa após regravação do Aerosmith. A canção foi dedicada ao fã que a cantora conheceu no hotel no Rio de Janeiro.
Jessie tem carisma e é realmente uma ótima cantora, com extensão vocal que segura bem o show - embora não tenha contagiado toda a cidade do rock. Pelo menos ela se divertiu, e muito. Deitou no chão na hora dos solos, cantou "Domino" cara a cara com um fã na grade e correu com a bandeira do Brasil nas costas, como se fosse a capa, e ela, uma heroína do pop e da superação.
Antes da artista, a banda Jota Quest se apresentou no Palco Mundo, cantando ao lado de Lulu Santos e divulgando o nome do novo disco: "Funk Funk Boom Boom".
Já pelo Sunset passaram a cantora Kimbra e os integrantes do Olodum, Nando Reis sendo seguido por Samuel Rosa, e os portugueses Aurea e The Black Mamba.
Alicia Keys e Justin Timberlake
O terceiro dia de festival promete misturar o que há de mais pop na música internacional e brasileira com shows de artistas como Jota Quest, Jessie J, Alicia Keys e Justin Timberlake, que fechará a noite no Palco Mundo.
Já no Palco Sunset, as principais atrações são os shows compartilhados de Nando Reis e Samuel Rosa, Kimbra e Olodum, além de George Benson e Ivan Lins.
O evento
A quinta edição brasileira do Rock in Rio começou na sexta e vai até o dia 22 de setembro. Mais de 160 artistas irão se apresentar em cinco espaços diferentes, divididos entre os sete dias de programação. Quase 600 mil pessoas são esperadas durante o festival, com uma média de 85 mil espectadores por dia.
A programação deste sábado (14) foi encerrada pelos britânicos do Muse, com seu rock de arena que mistura elementos de música indie, sons progressivos e efeitos de distorção estridentes. Com hits como "Supermassive Black Hole" cantados em coro pelo público, a banda favorita da escritora Stephenie Meyer, dos livros da série "Crepúsculo", conseguiu convencer com um show de alto nível mesmo depois de uma noite repleta de apresentações intensas como a do Thirty Seconds to Mars e de Florence + The Machine.
Os principais shows do 1º dia resumidos em um "tuíte"
Veja Álbum de fotosO segundo dia de Rock in Rio também trouxe opções para roqueiros veteranos, em uma espécie de matinê punk concentrada no Palco Sunset, pelo qual passaram os californianos do The Offspring e Marky Ramone, que revisitou clássicos dos Ramones ao lado do vocalista Michael Graves, ex-Misfits.
Entre os destaques nacionais, o sábado teve apresentações que misturaram rock e política. A Capital Inicial emocionou fãs ao tocar uma música de Charlie Brown Jr. para lembrar as mortes recentes de Champignon e Chorão. Já o Detonautas Roque Clube voltou aos primórdios do rock brasileiro em um show com convidados só tocando covers de Raul Seixas.
Tico Santa Cruz usou uma camiseta onde se lia "Senado Federal, Vergonha Nacional", e Dinho Ouro Preto usou nariz de palhaço e criticou o escândalo recente envolvendo o deputado Natan Donadon, que manteve o cargo apesar de ter sido preso por corrupção.
O primeiro dia do evento teve shows de Maria Rita, Living Colour, DJ David Guetta, Ivete Sangalo e Beyoncé, entre outros, e uma homenagem ao cantor Cazuza.
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