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Suspeita de queda de passageiro causa tumulto em cruzeiro de Roberto Carlos

Carlos Minuano

Do UOL, em Búzios (RJ)

10/02/2014 12h11Atualizada em 10/02/2014 13h45

A suspeita de que uma pessoa havia caído no mar durante a navegação do cruzeiro de Roberto Carlos causou tumulto na manhã desta segunda-feira (10) entre os passageiros. Segundo o MSC Cruzeiro, foi um alarme falso e que um passageiro teria avistado um objeto que poderia ser um corpo, mas a companhia identificou como sendo apenas lixo.

Por volta das 10h30, o comandante do navio MSC Preziosa anunciou nos alto falantes --seguindo o protocolo de navegação-- que havia a suspeita de ter uma pessoa no mar. Ele precisou fazer uma manobra brusca para voltar ao local onde o objeto havia sido avistado e, com isso, causou instabilidade no interior do navio, arrastando mesas e cadeiras. O comandante também pediu para que todos ajudassem "olhando para o mar" e verificando em suas cabines se estaria faltando alguém. 

De acordo com a assessoria de imprensa da companhia italiana, toda vez que há a suspeita de queda de um passageiro no mar o procedimento de segurança inclui averiguação. O navio reduziu a velocidade, mas não chegou a parar. O comandante identificou que o objeto avistado pelo passageiro foi confundido com um corpo. A inspeção durou cerca de 30 minutos. Depois que o mal-entendido foi esclarecido, os passageiros comemoraram com palmas. 

A embarcação do Emoções em Alto Mar, que comemora dez edições, deixou o porto de Santos na tarde de sábado e neste domingo chegou a Búzios, no litoral do Rio. O cruzeiro ficará em alto mar até quarta-feira.

Conversa em alto mar

O cantor Roberto Carlos teve um encontro com jornalistas na noite de domingo (9) a bordo do navio. "Estou melhor do TOC [Transtorno Obsessivo-Compulsivo]. Sentei numa cadeira roxa e nem percebi", brincou o cantor, referindo-se às manias de evitar as cores marrom e roxo.

Outro caso famoso do TOC do cantor envolve a música "Quero que Tudo Vá Para o Inferno", sucesso de 1965 e que está banida de seu repertório desde a década de 1980. "Mas este ano ainda eu volto a cantar 'Quero que Vá Tudo...'", disse ele, sem completar o restante do título.

Durante a conversa com jornalistas, Roberto Carlos retomou o assunto das biografias não autorizadas. "A questão é equilibrar o direito de privacidade com a liberdade de expressão. Um direito não pode prejudicar o outro". O cantor disse que, hoje, é a favor da biografia não autorizada desde que obedeça a esse equilíbrio. "Eu me considero dono da minha história. Isso é propriedade minha. A comercialização das coisas em torno da minha história tem que passar por mim".

Na noite do mesmo domingo, Roberto fez um show para os passageiros, com direito a um calhambeque vermelho inflável no palco.