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Músicas inéditas de Chorão devem ser lançadas em 2015

Amanda Serra

Do UOL, em São Paulo

07/05/2014 16h04

Após mais de um ano da morte do vocalista do Charlie Brown Jr., Chorão, músicas inéditas da banda podem ser lançadas em disco em 2015. Alexandre Abrão, filho do cantor, no entanto, afirmou que não há data certa para lançar as canções.

“Tem algumas músicas que vão sair futuramente, mas nada para esse ano, nem para o ano que vem, mas quando eu achar que está na hora de mostrar. É possivelmente um novo CD, mas eu não posso falar. É segredo de estado”, disse ao UOL.

Alexandre participou, na terça-feira (6), da junket da série nacional "Desencontro", que tem como tema "Um Dia a Gente se Encontra", música que abre o disco póstumoLa Familia 013”, lançado em outubro do ano passado. Mexendo no baú do pai, ele rechaça a ideia de fazer uma exposição sobre a trajetória de Chorão, como o filho de Renato Russo, Giuliano Manfredini, planeja para o vocalista da Legião Urbana.

“Sou uma pessoa que gosta de guardar as coisas para mim. Vamos lançar um álbum de fotos com imagens feitas por mim e por ele durante a carreira da banda. Agora, fazer uma exposição? Já teve quem viesse com essa ideia, mas é uma coisa que para mim não funciona. Eu gosto de saber que está tudo no lugar onde ele deixou, e como eu sei onde está esse santuário dele, eu nem entro”, explicou.

Enquanto as novas canções não saem, Alexandre conta que todas as músicas de “La Familia 013” vão ganhar videoclipes. “Após ‘Meu Novo Mundo’, vamos lançar vídeo para ‘Rock Star’”, diz.

Paulo Vilhena em novo filme

Baseado em um roteiro escrito por Chorão, e descoberto após sua morte, o longa “O Cobrador” ainda está no papel mas já tem dois nomes de peso no elenco: Milhem Cortaz ("Tropa de Elite", "Lula, o filho do Brasil" e "Carandiru") e Paulo Vilhena ("Chega de Saudade" e "O Magnata" -- primeiro filme escrito por Chorão).

Segundo Alexandre, a presença de Vilhena era uma exigência de Chorão. "Era uma vontade do meu pai, mas ele ainda não tem papel certo. Vai ser uma coisa bem diferente do que o Paulinho faz, que é o bonzinho. Quero colocar ele como um filha da mãe".

A trama contará a história de um cobrador de ônibus que vira agiota, passando a se envolver com a máfia do jogo de São Paulo.

"Eu não tenho know-how para fazer como esse filme deve ser filme. Queremos um diretor para que respeite 100%. Foi o filme que meu pai escreveu no papel, em caixas de pizzas, ele gastou muito tempo nisso, e merece ser bem feito. Tem que ser sublime ou sublime", conta.