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Celtic Woman mistura o chique e o descontraído em primeiro show no Brasil

Mariane Zendron

Do UOL, em São Paulo

04/09/2014 04h51

Fazendo sucesso em várias partes do mundo com um espetáculo que mistura música, dança e um pouco de interpretação, as quatro irlandesas do Celtic Woman puseram os pés em um palco brasileiro pela primeira vez na noite desta quarta-feira (3), no Espaço das Américas, onde fazem mais quatro apresentações até domingo.

Com os habituais vestidos longos de festa, elas subiram ao palco às 21h30, diante de uma plateia de 2 mil pessoas, que assistia a tudo sentada e comportada. Entre os espectadores, no entanto, o dress-code era mais informal. Uma das poucas que optaram por um longo foi Priscilla Bicalho, 32 anos, que veio com a família de Belo Horizonte especialmente para a apresentação.

Ao UOL, Bicalho contou que o "culpado" por fazer a família enfrentar uma viagem de seis horas de carro foi o marido, o advogado Lincoln Bicalho, que descobriu o grupo por acaso, quando procurava por uma música clássica para se concentrar melhor no trabalho. "Descobri o grupo há alguns meses e agora ouço todos os dias. Estava disposto a ir ver o show em qualquer país. Felizmente elas vieram ao Brasil". Para o advogado, "o grupo faz uma boa mistura entre o fino e o descontraído".

Apesar da formalidade do figurino e de trazerem algumas músicas cantadas em idioma gaélico, elas constantemente convidam o público a bater palmas. Mesmo sem falarem português, a tentativa de comunicação foi constante. Lynn Hilary arriscou "Obrigada, São Paulo, por estarem aqui", sendo reconhecida pelo público com muitas palmas. No final do show, foi a vez de Susan perguntar em português se a plateia havia gostado da apresentação. As respostas foram positivas.

Além de descontração, as irlandesas mostraram que o espetáculo "Esmeralda" vai muito além de um show de músicas celtas e ofereceram dança e até interpretação. Um número de sapateado, em que dois bailarinos acompanhados de percussão protagonizam uma "batalha de passinhos", dá um descanso para as vozes das moças. Em outro bom momento, um dos músicos mostra toda sua destreza no bodhrán, instrumento de percussão, enquanto provoca a plateia.

Formado por três cantoras, Mairéad Carlin, Lynn Hillary e Susan McFadden, e uma violinista, Mairéad Nesbitt, o grupo tem como destaque justamente a que não canta. Parte da formação original, de 2005, Nesbitt é a que tem mais expressão corporal. Com um vestido com uma fenda maior do que os das companheiras, ela, sempre com o violino a postos, fica saltitando por todo o palco. Ao final do show, Bruna Fonseca, da plateia, concordou que Nesbitt, que começou a tocar violino aos seis anos de idade, foi quem mais chamou atenção no espetáculo.

Além de violino, há no show duas baterias, piano, guitarra, baixo, violão, percussão e a tradicional gaita de foles. O instrumento brilha durante a versão irlandesa para a religiosa "Amazing Grace". O show ainda traz "The Moon's a Harsh Mistress" e "Nil Se'La", mas foi com "You Raise Me Up" que o público se empolgou de vez, ficando de pé para aplaudir o quarteto sem que a apresentação tivesse terminado. Nesse momento, Lynn arriscou mais uma vez o português para agradecer o carinho.

Ao final do show, já no camarim, o grupo mostrou mais um pouquinho de descontração ao publicar uma foto no Facebook, com drinques nas mãos e vestidos mais curtos. "Obrigada, Brasil, pela estreia fantástica...Esperamos ansiosamente por amanhã e depois e depois e…".

Celtic Woman no camarim no Brasil - Reprodução/Facebook/Celtic Woman Tour - Reprodução/Facebook/Celtic Woman Tour
Imagem: Reprodução/Facebook/Celtic Woman Tour