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Sorriso Maroto diz que música brasileira virou monogênero devido a mistura

Thays Almendra

Do UOL, em São Paulo

21/09/2014 00h27

Único representante do pagode no Villa Mix Festival de São Paulo, o grupo Sorriso Maroto defendeu, em entrevista exclusiva para o UOL, a mistura de gêneros na noite deste sábado (20) no Campo de Marte, em São Paulo. De acordo com o vocalista Bruno Cardoso, a música popular brasileira virou uma só e não tem definições.

"A mistura é o reflexo do país.  Tudo se mistura dentro da música popular porque, na verdade, ela virou um 'monogênero'. Você vai em uma festa de aniversário e vê que tudo vira uma grande salada e todos se divertem.", classificou ele, que conta ainda que o grupo caminha para o mesmo embalo com parcerias de Jorge e Mateus, Anitta, Michel Teló, entre outros. Em agosto, gravaram o novo DVD com participações de Valesca Popozuda e Mr. Catra no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro.

"O Sorriso respira um pouco do que a galera está querendo curtir e ouvir. Já trouxemos gente de todos os ritmos para cantar com a gente. Tudo isso vira um samba, mas tudo dentro de um conceito ainda maior que é música popular",  disse Bruno.

Para o percusionista Cris Oliveira, o MP3 e iPod dos brasileiros mostra essa indefinição musical. "Tem sertanejo que parece samba, axé que parece forró. As pessoas estão muito ecléticas", definiu.

A banda de pagode, dona do hit "Assim Você Mata o Papai", tem o sonho de levar essa mistura para o mundo inteiro ouvir e cantar em português. "Temos um sonho que a música brasileira fique tão popular quanto a música mundial. Como o que Michel Teló fez, as pessoas da Áustria cantam em português. Quando você rompe essa barreira e pega uma cultura totalmente diferente é que é genial", contou Bruno.