Topo

Cantora sul-coreana quer processar Sony por uso indevido de música em filme

Yoon Mi-rae teve sua música "Pay Day" usada no filme "A Entrevista" sem autorização - Reprodução
Yoon Mi-rae teve sua música "Pay Day" usada no filme "A Entrevista" sem autorização Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

28/12/2014 10h00

Após a saga para lançar a comédia “A Entrevista”, a Sony pode entrar em uma nova polêmica por supostamente usar uma música da cantora pop sul-coreana Yoon Mi-rae sem autorização.

A agência que cuida da carreira da cantora anunciou que irá tomar medidas legais pelo uso da música “Pay Day” no longa. Segundo eles, Yoon ficou sabendo que sua canção tocava no filme após o lançamento da comédia, no último dia 25.

"Nós inicialmente recebemos uma oferta para inserir a música, mas as discussões estavam paradas em alguns aspectos", disse a agência. "A Sony Pictures Entertainment usou a música sem o devido procedimento ou contrato". As informações são da agência sul-coreana Yonhap News.

Com Seth Rogen e James Franco, “A Entrevista” se tornou o filme mais polêmico do ano e chegou ter sua estreia cancelada após um grupo de hackers autodenominado Guardiões da Paz fazerem ameaças ao estúdio contra o lançamento do longa.

A música de Yonn é tocada na cena em que o líder norte-coreano Kim Jong-un (Randall Park), acompanhado do apresentador Dave Skylark (James Franco) cercado de bebidas e mulheres seminuas.

Entenda o caso

O polêmico filme, uma comédia sobre um complô americano para assassinar o ditador norte-coreano, Kim Jong-un, estreou na quinta-feira, dia de Natal, em 300 salas de cinemas independentes dos EUA e arrecadou quase US$ 1 milhão. A estimativa é que o filme já tenha sido visto por 700 mil pessoas, apenas com download ilegal.

No último dia 24 de novembro, a Sony Pictures sofreu um ataque cibernético que o governo dos EUA atribui à Coreia do Norte e que teria sido justamente uma resposta ao lançamento de "A Entrevista".

Um grupo chamado "Guardiães da Paz" assumiu o ataque, advertiu que semearia o terror nos cinemas que exibissem o filme e comparou seu plano com os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 nos EUA.

Depois que as principais salas de cinema do país se recusaram a exibir o filme por temor de que pudessem sofrer um ato terrorista, a Sony Pictures anunciou no último dia 17 o cancelamento da estreia de "A Entrevista", prevista para 25 de dezembro, mas depois voltou atrás e o filme foi finalmente exibido em salas independentes.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, elogiou nesta terça-feira a decisão da Sony de autorizar a exibição do filme, após ter considerado dias antes que o cancelamento de sua estreia era "um erro".